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Desenvolvimento sustentável e estruturante precisa de inovação, diz ministra
Foto: Diego Galba (ASCOM/MCTI)
A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, reuniu-se nesta quinta-feira (20), com membros do Conselho Regional e do Comitê Estratégico de TI & Inovação da Câmara Americana de Comércio – Amcham, no Recife. No encontro, que tratou das novas perspectivas para o desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil, ela destacou a importância da ciência, da tecnologia e da inovação para superar os principais desafios do país.
“Só é possível pensar num desenvolvimento econômico, sustentável e estruturante, se a gente tiver inovação como carro chefe das transformações”, disse a ministra.
De acordo com ela, a pandemia de covid-19 evidenciou a fragilidade das cadeias globais de produção e fornecimento, impulsionando o reconhecimento do investimento em CT&I como relevante estratégia de política pública. Nesse sentido, muitos países ampliaram os aportes em pesquisas, intensificando a disputa pelo domínio tecnológico e buscando saídas para novos desafios e um crescimento econômico pautado pelo aumento da competividade e produtividade.
Para a ministra, paradoxalmente, o contexto de instabilidade em meio à Guerra da Ucrânia e pós-pandemia abre também uma janela de oportunidades para o processo de reindustrialização brasileira. Segundo Luciana, o país precisa enfrentar a contradição ser o 13º no mundo em produção de papers, com conhecimento validado internacionalmente, mas ser o 57º no ranking da inovação.
“Um dos nossos grandes desafios é transformar essa produção de conhecimento do Brasil, que é tão significativa, em produtos e serviços que possam impactar na geração de emprego e renda e nas soluções para a vida do povo brasileiro. Temos feito esse esforço, no governo”, afirmou.
A ministra apresentou as ações do governo nesses quase sete meses de gestão e fez um recorte regional, citando aportes e programas desenvolvidos no Estado e colocando as perspectivas de iniciativas para o futuro.
Na sua avaliação, Pernambuco tem um ecossistema importante de inovação e inúmeros exemplos de sucesso. “Da indústria alimentícia, como é a Tambaú, passando pelas Baterias Moura, pela experiência do Parqtel, do Porto Digital, o complexo industrial de Suape, a diversidade e capacidade também na produção agrícola, a cadeia produtiva da cana de açúcar que produz o etanol. Ou seja, é um caso de ecossistema significativo, relevante e que tem ansiedade por melhorar os desempenhos de competitividade, de eficiência e inclusão”, colocou, após o evento.
Na sua fala Paulo Sales, presidente do Conselho Regional Amcham Recife, citou a importância da educação e defendeu um programa de formação na área de TI.
“Eu acho que a ideia é que se a gente conseguir formar 500, 600, mil pessoas nessa área de tecnologia, num prazo de um, dois anos, pelos municípios do Estado, a gente pode fazer uma revolução nisso aí”, defendeu.