Brasil e Suíça buscam aprofundar cooperação científica

O ministro interino da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luis Fernandes, recebeu, nesta quarta-feira (5), Martina Hirayama, secretária para Educação, Pesquisa e Inovação da Suíça, o país mais inovador do mundo, segundo o Global Innovation Index (GII). A secretária integrou uma delegação científica de alto nível para trocar experiências e aprofundar a cooperação em ciência, tecnologia e inovação com o Brasil, o parceiro mais importante na América Latina nas áreas de pesquisa e inovação.

Ao abrir a reunião, o ministro interino destacou a relevância da parceria com os suíços e apresentou os eixos estruturantes do MCTI. “Em cada um deles, há amplo alcance de parceria que estamos muito interessados em explorar. Temos muito a aprender com vocês e queremos aprofundar essa cooperação”, afirmou.

Os quatro eixos envolvem a recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; a reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas; programas e projetos estratégicos nacionais; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.

A secretária Martina Hirayama avaliou que há pontos de colaboração dentro dos alicerces mencionados pelo ministro interino e salientou a longa trajetória de parceria entre ambos os países. “Desde 2009, temos acordo de cooperação em ciência e tecnologia e, desde 2019, temos acordos de cooperações entre nossas agências de financiamento para pesquisa e inovação. Muitos projetos já foram apoiados e a cooperação está acontecendo”, lembrou. “ Há muitos tópicos que são de interesse mútuo, como desenvolvimento sustentável, energia e digitalização”, acrescentou após a reunião.

As colaborações diretas entre os atores de pesquisa e inovação em ambos os países são apoiadas por uma variedade de instrumentos. A Innosuisse, a Agência Suíça de Promoção da Inovação, organiza regularmente chamadas bilaterais para projetos de cooperação juntamente com sua agência parceira brasileira EMBRAPII. Entre janeiro de 2016 e junho de 2023, cerca de 190 apoios financeiros do Fundo Nacional de Ciências da Suíça (SNSF) foram atribuídos para colaborações com pesquisadores no Brasil.

Os instrumentos de cooperação da Leading House para a região da América Latina na Universidade de St. Gallen e a presença da Swissnex, a rede suíça global para educação, pesquisa e inovação, no Brasil contribuem para o aprofundamento da cooperação