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Parceria com a China viabiliza desenvolvimento de fertilizantes orgânicos na Amazônia
Foto: Rodrigo Cabral
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) firmou uma parceria científica com a China para desenvolver fertilizantes orgânicos no Brasil. A reitora da UFRA, Herdjania Veras de Lima, apresentou detalhes do acordo à ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, em audiência nesta quinta-feira (22). A cooperação, que prevê pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologias, envolve a UFRA, com sede em Belém (PA), o governo chinês, a Universidade de Hohai e a empresa Zhuhai Sino-Lac Suplly Chain.
“A China vai liberar a tecnologia para o Brasil, que vai ser testada e adequada às condições do país, especialmente da Amazônia, para uma futura comercialização dos produtos por aqui”, afirmou a reitora da UFRA.
A ministra Luciana Santos apontou que a produção de fertilizantes é um desafio para todas as nações e ganhou relevância com a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afetou a comercialização do produto. “Estamos atentos a essa questão e sabemos que inovação e tecnologia são fundamentais para o Brasil conquistar a soberania nesse setor”, disse.
A ministra reforçou que o projeto de produção de biofertilizantes no Brasil traz menos impacto ambiental e está alinhada à agenda do MCTI de apoiar políticas e ações de desenvolvimento sustentável. Luciana Santos lembrou que o projeto pode ser um exemplo de iniciativa a ser apresentada na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em 2025, em Belém (PA).
De acordo com a reitora da UFRA, a previsão é que uma comitiva chinesa venha ao Brasil em agosto para dar início às fases de teste e implantação das áreas experimentais no Pará. A universidade busca o apoio do MCTI na forma de fomento para as ações de pesquisa, além da infraestrutura de laboratórios necessária para o desenvolvimento dos testes desses produtos.
Assimetrias regionais
A ministra Luciana Santos explicou que o ministério conta com diferentes instrumentos de apoio financeiro, com destaque para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Uma das prioridades, segundo ela, será a destinação de recursos para projetos de C,T & I focados em reduzir as assimetrias regionais. “Os editais serão feitos com critérios elaborados para combater essas assimetrias. Para as regiões Norte e Nordeste, será mais vantajoso, porque ainda é muito desigual”, frisou.