Notícias
MCTI reúne coordenadores de projetos científicos para planejar próxima Operação Antártica
Rodrigo Cabral (Ascom/MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE), reuniu nesta quarta-feira (14), em Brasília, os coordenadores dos projetos científicos para planejar as atividades de pesquisa da 42a Operação Antártica brasileira.
Cabe à pasta ministerial a gestão científica das atividades do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o programa de pesquisa nacional mais longevo. E, por sua vez, é a produção científica que assegura ao Brasil a condição de como Parte Consultiva no Tratado da Antártica.
Na abertura, o diretor de Programas Temáticos da SEPPE, Leandro Pedron, destacou que o tema é prioridade para o MCTI. “A temática de oceano e Antártica tem uma atenção grande do MCTI”, afirmou.
Além dos cerca de 20 coordenadores de diferentes instituições de pesquisa de todo o Brasil, participaram o vice-presidente do Comitê Científico Internacional para Antártica (SCAR, na sigla em inglês), Jefferson Simões, e a coordenadora dos Programas de Pesquisa em Ciências Ambientais e do Mar do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Margareth Carvalho.
A expedição 42 do Proantar, que se iniciará no próximo verão austral, em novembro deste ano, será a última para execução das atividades de campo dos projetos selecionados na chamada pública de 2021. Houve prorrogação dos trabalhos devido à pandemia. De acordo com o CNPq, será necessário priorizar atividades para cumprir com os objetivos dos projetos contratados.
“Serão priorizados os embarques dos projetos que precisam atingir os objetivos propostos”, explicou Margareth Carvalho.
O encontro também foi uma oportunidade para avaliar as atividades executadas na expedição anterior, encerrada em abril deste ano, e falar sobre o novo Plano Decenal para a Ciência Antártica do Brasil (2023-2032), lançado em maio. O novo plano ampliou de cinco para sete o número de programas temáticos de pesquisa e estabeleceu as diretrizes para a pesquisa brasileira no continente gelado.
A coordenadora-geral de Mar e Antártica do MCTI, Andrea Cruz, agradeceu a participaçao da comunidade científica nas atividades no âmbito do Comitê Nacional de Pesquisas Antárticas (Conapa) que possibilitaram o desenvolvimento do novo plano. “Esse Plano é resultado de um processo construtivo e participativo. Agora, estamos trabalhando na disseminação do plano. Em breve disponibilizaremos a versão em inglês”, afirmou a coordenadora.
Com base no Plano Decenal, foi lançado o edital pelo CNPq no valor de R$30 milhões, que vai selecionar os novos projetos para o próximo ciclo. Os projetos devem ser submetidos até 28 de julho.
Oportunidades
O vice-presidente do SCAR destacou que o organismo internacional retomou plenamente as atividades presenciais e citou eventos que estão programados ao longo do ano, como o simpósio que será realizado neste mês em Lisboa relacionado com ciências humanas e sociais e a Antártica. Simões também lembrou que a conferência de ciência aberta promovida pelo SCAR em 2024 será realizada no Chile, e a proximidade territorial será uma oportunidade para participação da comunidade científica brasileira.
Simões lembrou ainda que o SCAR tem aumentando a oferta de apoio por meio de diversas modalidades de bolsas para jovens pesquisadores, como para a participação em eventos internacionais, produção de trabalhos, entre outros, e que a comunidade científica brasileira deve ficar atenta aos editais para participar. “Incentivamos para que os pesquisadores participem, pois cerca de cerca de 50% da contribuição do País é reinvestida para apoio a eventos científicos em bolsas para o próprio país”, explicou.
Além do site do SCAR, as oportunidades são divulgadas no site do programa Ciência Antártica do MCTI.
Nesta quinta-feira (15), a reunião de planejamento vai abordar aspectos logísticos com a Secretaria Interministerial de Recursos do Mar (SECIRM).
Veja fotos da reunião neste link.