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MCTI investirá R$ 48,4 milhões em projetos no Ceará
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, anunciou nesta sexta-feira (23), em Fortaleza (CE), investimentos para capacitação, melhoria da base tecnológica e incentivo à inovação no estado. Entre as iniciativas, está um aporte de R$ 34 milhões na formação de jovens nas áreas das Tecnologias da Informação e da Comunicação em uma parceria do programa Residência em TIC, do MCTI, com o governo do Ceará, para viabilizar a segunda etapa do C-Jovem.
Ao todo, serão capacitados 8.400 estudantes. Na nova fase, o programa será executado como projeto de extensão da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e Universidade Federal do Ceará (UFC). São seis trilhas de conhecimento em que os estudantes recebem capacitação: Nuvem, Infraestrutura 5G, Fullstack, Inteligência Artificial, Java e Desenvolvimento Android.
“Queremos preparar jovens para desenvolver soluções para a indústria e a transformação digital, grande desafio contemporâneo. Cada investimento que realizamos nos programas de capacitação do MCTI e agora no C-Jovem é um esforço que fazemos para reduzir o déficit de 100 mil profissionais no setor de TICs, um número pode chegar a 500 mil até 2025, se não agirmos com assertividade”, disse a ministra, durante o anúncio.
Para o governador Elmano de Freitas, este é um programa inspirador para as políticas públicas por promover a integração entre diferentes áreas e atores, pensando coletivamente em como formar os jovens para a vida e colocá-los em direção ao mundo do trabalho. “Quando temos exemplos de jovens já inseridos no mercado de trabalho, através do C-Jovem, isso demonstra a importância desse programa e o quanto o rumo [dessa parceria] está acertado”, disse.
As atividades do programa ocorrerão de forma virtual, 10h/semana, durante um ano, totalizando 480h. No último trimestre, os jovens aplicarão os conhecimentos adquiridos por meio de uma imersão nas empresas parceiras. Podem participar estudantes do Ensino Médio e do Ensino Superior, além de recém-formados no Ensino Médio (até 3 anos).
Os recursos são oriundos do MCTI, captados pela Lei de Informática, por meio do programa Residência em TIC. A iniciativa já investiu outros R$ 10 milhões no Ceará, numa parceria com a UECE (Universidade Estadual do Ceará), que está em execução.
Criado em 2022, o Programa C-Jovem já capacitou mais de 11 mil jovens de 174 Escolas Estaduais de Educação Profissional e de Tempo Integral, em 73 municípios cearenses.
“Esse anúncio é uma grande conquista, aliando o MCTI com o governo do Ceará e um conjunto de organismos públicos e privados, empresas nacionais e internacionais. É um passo arrojado, que mostra que, no governo do presidente Lula, a ciência voltou e, com vontade política, nós resolveremos os problemas da formação tecnológica do povo e não vamos ter nenhum receio das inovações que vão surgindo”, avaliou o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda.
Mais recursos
Ao discursar no evento, a ministra Luciana Santos também anunciou a liberação de outros R$ 14,4 milhões para projetos do Ceará. São recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), operados pela Finep, que serão aplicados em quatro iniciativas diferentes.
Do total, R$ 7,3 milhões serão destinados a dois projetos desenvolvidos pelo NUTEC (Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará), voltados para o fomento à infraestrutura de apoio à produção de rochas e minerais industriais e para a busca de soluções tecnológicas para a indústria de petróleo e gás.
Além disso, a Finep também financiará os Centros de Inovação Tecnológica da URCA (Universidade Regional do Cariri), no Crato, e da UVA (Universidade do Vale do Acaraú), em Sobral. Juntos, somam investimentos de R$ 7,1 milhões para promover parcerias entre a tríplice hélice da inovação e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico das duas regiões.
“A ideia é estimular a geração de ideias inovadoras que possuam potencial de escalar para o mercado. Serão equipamentos físicos, com potencial de gerar resultados em todos os segmentos, promovendo benefícios às empresas da região e fortalecendo o ecossistema de inovação”, disse a ministra.