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MCTI avalia participação na maior feira global de biotecnologia
Durante a maior feira global de biotecnologia, que reuniu as principais instituições mundiais da área nos Estados Unidos no início de junho, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentou as futuras ações, em especial para o enfrentamento da gripe aviária e para a produção de Insumo Farmacêutico Ativo (IFAs) no Brasil.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE), Marcia Barbosa, falou no painel ‘Ecossistema de inovação e políticas públicas: ações para fomentar o avanço da pesquisa e desenvolvimento no Brasil e preencher as lacunas existentes na cadeia de desenvolvimento e produção’. O debate foi norteado por perguntas sobre as atuais diretrizes e a articulação ministerial sobre os investimentos em ciência e tecnologia voltados para a área de saúde e as medidas que serão implementadas para suprir lacunas nacionais.
“Nós falamos sobre os desafios para estarmos mais preparados para a próxima pandemia, incluindo a proposição de ações para aumentar o desenvolvimento e a produção de insumos farmacêuticos ativos no Brasil”, afirmou a secretária Marcia.
Segundo ela, a SEPPE está preparando editais com recursos orçamentários da pasta para um edital que deverá, entre outras finalidades, mapear o cenário de pesquisa acadêmica nacional. “Neste momento, investiremos cerca de R$ 12 milhões em recursos da secretaria”, explicou. Ela ressalva, porém que a pasta ministerial está buscando parcerias com outros ministérios, como o da Saúde.
Na fala durante o painel, Marcia Barbosa também mencionou a intenção de lançar editais que contemplem ações para o enfrentamento da gripe aviária, saúde mental e Síndrome de Down, incluindo grupos de risco para demência. “O Brasil está de volta e com a perspectiva de fazer colaborações”, afirmou Barbosa.
Também participaram do painel o diretor do Departamento do Complexo-Econômico Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, Leandro Safatle, o diretor da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitaria (Anvisa), Alex Machado; o presidente da Fiocruz, Mario Moreira; e o diretor do Instituto Butantan, Esper Kallás. O debate foi mediado pelo vice-presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi), Peter Anderson.
“Butantan e Fiocruz mostraram o esforço em produzir vacinas tanto em parcerias internacionais como foi na pandemia, ou vacinas nacionais para algumas doenças que preocupam mais o país. O Ministério da Saúde abordou a proposta do complexo industrial de saúde”, relatou ela.
Na viagem, os representantes do MCTI também realizaram visitas técnicas aos centros de pesquisa e desenvolvimento da Servier e MSD.
“O ecossistema da feira favorece o diálogo e incrementa, em termos de velocidade, as possibilidades de estabelecer conexões com as demais instituições envolvidas”, comentou o diretor de Programas Temáticos da SEPPE, Leandro Pedron. “Atingimos todos os objetivos e ainda surgiram novas oportunidades, como falar da diáspora brasileira e outros contatos, como o que estabelecemos com a Fundação Biominas para a área de fitoterápicos”, explicou Pedron.