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Fomentado por CITInova, MCTI incorpora agenda de cidades sustentáveis
Foto: Luara Baggi
Os principais resultados alcançados no Distrito Federal por meio de iniciativas implementadas pelo projeto de cooperação internacional CITInova foram apresentados, nesta sexta-feira (30), em Brasília, aos conselheiros do Fundo Global do Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês). O grupo com cerca de 90 pessoas visitou as agências parceiras na execução e os locais das intervenções.
O CITInova é direcionado para melhorar a tomada de decisões e o engajamento dos cidadãos sobre os desafios do desenvolvimento urbano em cidades brasileiras. O projeto, que se iniciou em 2018, está em fase de encerramento. Coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), tem apoio do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma). Apenas no Distrito Federal, foram investidos R$ 35 milhões.
Para o MCTI, a concretização do projeto fomentou a incorporação da agenda de cidades sustentáveis à estrutura da pasta, que vai continuar as ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação, dada a relevância das concentrações urbanas. De acordo com o IBGE, em 2022, as concentrações urbanas no Brasil abrigavam 124,1 milhões de pessoas. O número representa 61% da população brasileira.
De acordo com a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa, as entregas efetuadas pelo projeto em Brasília enfatizam a melhoria da qualidade da água e do meio ambiente. “Estamos aprendendo que ter um ambiente sustentável é importante para a vida das pessoas. Com a população, estamos construindo soluções para a melhoria da qualidade de vida junto com o governo”, afirmou.
Ela também expressou satisfação com a notícia de continuidade dos projetos por parte do governo do Distrito Federal. “A boa notícia é que, embora a primeira etapa tenha sido financiada pelo GEF, agora o estado está tomando conta e vai continuar o projeto, reconhecendo que sustentabilidade tem que ser central nesta bela cidade”, afirmou.
Em outra frente, o MCTI trabalha para disseminar e atribuir escala às tecnologias testadas e implementadas nos projetos-piloto em Brasília e em Recife. Os jardins filtrantes, por exemplo, construídos para despoluir as águas do riacho do Cavouco, afluente do Rio Capibaribe, na capital pernambucana, comprovou que a solução baseada na natureza pode ser replicada por outras cidades.
Na avaliação do líder do programa Cidades Sustentáveis do GEF, Aloke Barnwal, o Brasil é um país altamente urbanizado e possui a maior biodiversidade do mundo. Por isso, a sustentabilidade é um fator relevante. “Uma urbanização insustentável pode levar a uma grave degradação do meio ambiente. Por isso, foi estratégico para o GEF apoiar o Brasil por meio do programa Cidades Sustentáveis”.
Ele avaliou que Brasília está mostrando liderança em clima e natureza e, por isso, foi selecionada pelo Fundo para potencializar o trabalho. “Pretendemos fazer de Brasília um exemplo de cidade sustentável com efeito replicável em muitas cidades do país e da região”, disse.
Segundo o secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Antonio Gutemberg Gomes, o governo local cumpriu com todos os recursos de contrapartida aos investimentos realizados por meio do CITInova. A apresentação aos conselheiros, ele informou sobre as articulações que estão em curso para dar continuidade e escala às ações do projeto.
“Em relação ao SISDIA, estamos articulando junto a vários setores do governo para prosseguir com o sistema e a implementação. Sobre os sistemas agroflorestais, estamos conversando com os setores do governo responsáveis pela área agrícola para continuar atuando de forma a aprimorar os conhecimentos adquiridos e dar escala aos sistemas. Com relação à proteção às bacias hidrográficas, a Sema já vem trabalhando em um plano de recomposição de áreas de nascentes, áreas de preservação ambiental permanente e um plano com metas anuais, de forma a transformar essa iniciativa em uma política de estado”, destacou durante o discurso.
Conheça os resultados do projeto no Distrito Federal
Sobre o Projeto CITinova
Planejamento Integrado e Tecnologias para Cidades Sustentáveis: É um projeto multilateral, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility, GEF, na sigla em inglês) e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) é responsável por sua execução, em parceria com: a Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Distrito Federal (SEMA/GDF) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília; a Agência Recife para Inovação e Estratégia (ARIES) e o Núcleo de Gestão Porto Digital (NGPD), no Recife; o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e Programa Cidades Sustentáveis (PCS) para as plataformas nacionais do conhecimento. O projeto é organizado em três componentes: Planejamento integrado urbano; Investimento em tecnologias inovadoras; e Plataforma para cidades sustentáveis. O projeto mobilizou valor global de cerca de R$ 113 milhões (U$$ 22,6 milhões) dos fundos do GEF para as iniciativas em Recife e Brasília, e o desenvolvimento de plataformas nacionais.
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