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Biodiversidade brasileira é oportunidade para desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis
Foto: Divulgação Agritech
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (SEPPE), defendeu o potencial da biodiversidade brasileira como uma oportunidade para o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis e mais integrados, que considerem a segurança hidrica, alimentar e energética. A pasta ministerial participou nesta quarta-feira (21), em São Paulo, do painel sobre a construção de uma superpotência de inovação sustentável, que abriu a Agritech na América do Sul.
"O Brasil tem a oportunidade de ser protagonista, porque tem a maior biodiversidade do planeta", afirmou a secretária Marcia Barbosa durante o painel de abertura, considerando a agricultura sul-americana no cenário internacional.
A secretária também apresentou as ações recentes de pesquisa, desenvolvimento e inovação em biotecnologia voltada para a agricultura, como os editais que selecionaram projetos para o desenvolvimento de defensivos agrícolas sustentáveis, bioinsumos e fertilizantes. Somados os editais do CNPq e da Finep, foram R$ 72 milhões com essa finalidade. Os projetos estão em fase de contratação.
Marcia também mencionou que a SEPPE é responsável por coordenar a elaboração da Comunicação Nacional do Brasil à Convenção Clima e que entre as atividades está a elaboração do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. Além disso, disse que deve ser realizado levantamento da biodiversidade brasileira que poderá identificar potenciais ativos para novos insumos biológicos e o planejamento de iniciativas de CT&I voltadas para agricultura de baixo carbono.
“Temos a possibilidade da agricultura baixo carbono, minimizando o uso da água, utilizando insumos menos agressivos, utilização da biotecnologia e potencializando créditos de carbono. É sustentabilidade com sobrevivência”, comentou.
O seminário Agritech se propõe a oferecer uma plataforma para compartilhar as melhores práticas. O foco desta edição é a agenda de mudanças climáticas e o papel da tecnologia e da inovação para enfrentar os desafios mais prementes enfrentados pelo sistema alimentar da região.
O painel foi moderado pela diretora de Natureza e Sociedade do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Juliana Lopes, e contou com a participação de diretores de empresas e bancos.