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MCTI indica Museu do Cariri para abrigar fóssil do Ubirajara jubatus
A repatriação do fóssil do Ubirajara jubatus, primeiro dinossauro não-aviário com estruturas semelhantes a penas encontrado na América do Sul, foi discutida na manhã desta terça-feira (16), entre representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Embaixada da Alemanha no Brasil, do Itamaraty e da Universidade Regional do Cariri (URCA-CE).
As tratativas estão em torno da vinda do fóssil que sairá do Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, na Alemanha, para o Brasil. No encontro, o secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social (SEDES), Inácio Arruda, indicou o Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens para abrigar o fóssil, uma vez que pertence à região do Geoparque do Araripe, localizada entre estados nordestinos (Ceará, Pernambuco e Piauí) e conhecida como centro paleontológico.
“O Museu do Cariri tem um esforço de cooperação grande”, frisou Inácio lembrando que é necessário que a região seja visível para o mundo, e não apenas localmente. O ministro-conselheiro para Assuntos Científicos e Intercâmbio Acadêmico da Embaixada da Alemanha, Christian Stertz, sugeriu a formalização do pedido para ‘”iniciar a repatriação o quanto antes, no âmbito da cooperação Brasil-Alemanha em Ciência e Tecnologia”. Existe a perspectiva de trazê-lo para o Brasil em breve.
Para o reitor da Universidade Regional do Cariri, Lima Júnior, este será um bom momento para a repatriação. “Teremos a revalidação do Geoparque do Araripe, e a repatriação fortalece a missão de valor e preservação do nosso trabalho”, pontuou.
Fóssil
- O Ubirajara jubatus viveu há 110 milhões de anos, na região da Bacia do Araripe, no interior do Ceará. O dinossauro do tamanho de uma galinha e revestido por penas foi retirado de forma irregular do Brasil para a Alemanha, nos anos 90, após ser descoberto por pesquisadores estrangeiros no manancial paleontológico.
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