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Com apoio do MCTI, 5o Fórum de Jovens Embaixadores do Oceano reúne estudantes e pesquisadores para debater proteção e uso sustentável
Foto: Raul Vasconcelos
O 5o Fórum de Jovens Embaixadores do Oceano reuniu, nesta terça-feira (9), em Santos (SP), mais de 120 crianças, além de Jovens Embaixadores do Atlântico (All-Atlantic Youth Ambassadors), renomados pesquisadores e especialistas internacionais para debater temas relacionados à proteção e uso sustentável do oceano. A iniciativa precede a oficina de 2023 do Processo Regular das Nações Unidas para o relatório global sobre o Estado do Oceano, que tem início nesta quarta-feira (10).
“Convidamos as escolas para olhar para último World Ocean Assessment (WOA), um documento que os governos usam para gerir o oceano, um relatório global que fala como esta a saúde do oceano”, explicou o professor Ronaldo Christofoletti, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “A ideia do evento é ter um bate-papo informal para discutir isso e pensar no papel dessas gerações dentro dessa temática”, completou.
O Fórum foi dividido em três ciclos de debates, que trataram da poluição no oceano e proteção dos ecossistemas marinhos; da gestão sustentável e segurança do oceano; e de alimentos sustentáveis e uso sustentável do oceano. Durante o evento, que também foi transmitido online, estudantes puderam compartilhar experiências e fazer perguntas aos especialistas e pesquisadores.
O jovem embaixador Antônio Maranhão, estudante da Escola Estadual Marquês de São Vicente, abordou, por exemplo, a poluição e a pesquisa realizada sobre o lixo na praia, que constatou a correlação entre a quantidade de dejetos e a proximidade das barracas. O tema trouxe para debate a necessidade reciclagem, reuso de materiais, elaboração e respeito a leis, além da conscientização da população.
Analista do MCTI, o pesquisador Andrei Polejack comentou a dificuldade de extração do plástico dos mares por causa das pequenas partículas que decorrem depois de dissolvidos. “A solução vem da inovação tecnológica de depender menos do plástico”, disse. “Mas não é só o plástico, tem uso de pesticidas, esgoto, poluição química”, alertou Polejack.
Já o especialista da Organização das Nações Unidas (ONU), François Baillet, destacou a importância da conscientização e do trabalho conjunto. “O oceano pode se curar se conseguirmos parar de colocar nele o que colocamos. A colaboração também é um ponto-chave. Precisamos olhar para as comundiades locais e começar a trazer aqueles que têm mais informações sobre oceano”, advertiu.
A realização do Fórum foi uma iniciativa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), por meio do Programa Maré de Ciência e tem o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
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