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MCTI expande monitoramento e alerta de desastres naturais em cidades brasileiras
Foto: Cemaden
A mitigação dos impactos causados pelas mudanças climáticas recebeu atenção especial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) nos primeiros cem dias de governo. Em março, o ministério iniciou a expansão do monitoramento realizado pelo Cemaden para 1.835 municípios do país e 70% da população. Com a iniciativa, o Cemaden vai passar a monitorar, 24 horas por dia, sete dias por semana, municípios localizados em Regiões Metropolitanas, emitindo alertas sobre alagamentos, inundações, enxurradas e deslizamentos de terra.
“Não há saída para os esforços de mitigação e adaptação das mudanças climáticas, para o combate ao desmatamento ilegal e o enfrentamento das desigualdades sem ciência”, ressaltou a ministra Luciana Santos. “Por isso, vamos ampliar os nossos investimentos para que os resultados da melhor ciência sejam revertidos em benefícios para a população”, concluiu.
Em colaboração com outros ministérios e a comunidade científica, o MCTI também trabalha na construção de um conjunto de ações que contemple a produção de dados meteorológicos, o monitoramento climático, a emissão de alertas de risco e as ações de prevenção e redução dos impactos provocados por eventos extremos.
Pernambuco
A Região Metropolitana do Recife, em Pernambuco, foi uma das contempladas com a ampliação do monitoramento de áreas de risco realizado pelo Cemaden. Um acordo celebrado entre o MCTI e o governo do estado em 22 de março vai garantir a instalação de mais cinco estações geotécnicas para aprimorar o acompanhamento e a emissão de alertas de risco de desastres na capital pernambucana. Os equipamentos monitoram a quantidade de água armazenada a uma profundidade de quatro metros. É essa água acumulada que causa instabilidade nas encostas e provoca deslizamentos. No total, R$ 2,5 milhões serão investidos nos novos equipamentos.
"Esses eventos extremos têm graves consequências, principalmente para as populações mais vulneráveis. As pessoas vão morar nos morros, encostas e alagados não por opção. É preciso ter o monitoramento para evitar que os eventos climáticos causem desastres e tragédias e, assim, seja possível salvar vidas", pontuou a ministra Luciana Santos.