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MCTI e Itamaraty discutem preparação da Cúpula da Amazônia
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) iniciou nesta segunda-feira (10) uma série de diálogos internos no âmbito do governo federal como parte da preparação para a organização da Cúpula da Amazônia, proposta pelo Brasil e que será realizada em agosto deste ano. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foi a primeira pasta a receber a equipe de organizadores para debater a inserção de agendas envolvendo ciência, tecnologia e inovação. Outras pastas ministeriais também serão consultadas.
O evento internacional será realizado em Belém, no Pará, cidade que também é candidata a sediar a COP 30 em 2025. O encontro vai reunir os chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
Para se ter uma ideia da relevância do tema, Brasil e Peru, por exemplo, têm mais de 60% de seus territórios na região Amazônica.
No MCTI, a atenção para a região recebeu novo patamar ao incorporar na estrutura do ministério uma subsecretaria dedicada à Amazônia e para o tema de mudanças climáticas, um dos eixos prioritários da nova gestão, que foi alçado à categoria de diretoria. Além disso, o estreito contato com a comunidade acadêmica e científica, em especial aos dedicados aos assuntos amazônicos.
“É uma excelente iniciativa, para a qual podemos fazer contribuições”, afirmou o chefe de gabinete do MCTI, Rubens Diniz.
A proposta do MRE é realizar em maio um seminário nacional que possa promover debates, incluindo a participação da sociedade civil e comunidade científica, de modo a subsidiar as propostas e posições que serão apresentadas pelo governo brasileiro durante a Cúpula.
Em outra frente, a organização também pretende fomentar eventos preparatórios na cidade-sede nos dias que antecedem a Cúpula de modo a promover espaços de diálogo e de cooperação internacional em torno de questões e desafios comuns aos países da Amazônia, como na área de ciência e tecnologia.
“Eventos preparatórios são oportunidades para colaboração e reunião de esforços em torno de desafios comuns”, expressou o embaixador Antônio Ricarte, responsável pela organização da Cúpula, durante a reunião.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Marcia Barbosa, que tem sob sua responsabilidade assuntos de bioeconomia, ecossistemas e biodiversidade, mudanças climáticas, desastres naturais, destacou a possibilidade de abordar as redes nacionais de trabalho, como a RedeVírus MCTI, como um ponto colaborativo entre pesquisadores dos países que integram a Amazônia. “Vírus não tem passaporte”, afirmou Barbosa sobre as preocupações que a ação humana na região pode desencadear.
Veja fotos da reunião neste link.