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Governo retoma política de desenvolvimento industrial da saúde
Foto: Luara Baggi
O governo recriou nesta segunda-feira (3) o Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde com a participação de 20 órgãos públicos, entre eles, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O decreto assinado pelo presidente da República foi publicado no Diário Oficial da União.
No evento realizado em Brasília, com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e das ministras da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e da Saúde, Nísia Trindade, os participantes destacaram a importância do momento histórico para a retomada das políticas públicas para a reindustrialização nacional, a redução da dependência produtiva e tecnológica do mercado externo, para o financiamento da ciência, tecnologia e inovação e para o acesso universal ao SUS. A expectativa é que, em até dez anos, 70% das necessidades do SUS em medicamentos, equipamentos, vacinas e outros insumos passem a ser produzidos no país.
“A ideia do presidente Lula de criar esse grupo técnico numa área estratégica vai fortalecer o complexo de saúde local em todos os seus setores: desde as novas moléculas até os seus equipamentos”, disse o vice-presidente Geraldo Alckmin. “Nós temos, no Brasil, uma sociedade científica extremamente preparada com as melhores universidades, dois institutos seculares – Fiocruz e Butantan, com compras governamentais, pesquisa e ciência, tecnologia e inovação, com a Finep. Nós vamos fortalecer o complexo da saúde, criar empregos, dar mais segurança ao SUS, agregar valor e melhorar a vida da população”, acrescentou.
Para a ministra Luciana Santos, o fortalecimento do SUS é estratégico para o desenvolvimento econômico do país. “O setor de saúde é um dos mais importantes em termos de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e de geração de inovação. Além disso, é essencial para a qualidade de vida da população e para a melhoria da produtividade econômica.”
Ela explicou ainda que o Complexo Econômico-Industrial da Saúde inclui serviços essenciais para a saúde, produção e a distribuição de equipamentos médicos, medicamentos, produtos biológicos e diagnósticos, além da pesquisa clínica e do desenvolvimento de softwares e de tecnologia da informação. “Ao fortalecer esse complexo, estimulamos a inovação tecnológica, gerando riquezas para o país e oportunidades de emprego e renda para a população”, destacou.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, comemorou a retomada da agenda de desenvolvimento do complexo da saúde. "Incluímos a letra 'e' neste grupo executivo em razão do termo 'econômico'. Está clara a visão de um caminho para o desenvolvimento, seguindo aquilo que está no programa do presidente Lula e do vice-presidente Alckmin. Será um grande desafio, mas uma grande honra coordenar todo esse esforço interministerial", declarou.
De acordo com o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, a iniciativa retoma agenda de fortalecimento da saúde para reduzir dependência do Brasil e assegurar acesso universal aos serviços, desenvolver a indústria nacional e gerar emprego e renda. “Vamos todos construir juntos essa agenda, que foi uma prioridade da campanha do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin, que exige uma profunda mudança na política pública para uma ação sistêmica integrada para o Brasil ter a base produtiva e de conhecimento de sustentação para o bem-estar social”, disse. “Este conselho ampliado é uma oportunidade histórica de colocar a saúde e a vida como virtude no processo do desenvolvimento e vai gerar uma revolução tecnológica na saúde”, finalizou o secretário.