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Finep já supera R$ 1 bilhão em operações de crédito para apoiar inovação em 2023
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), liberou R$ 1,16 bilhão para operações de crédito até a última sexta-feira, 14 de abril. O volume de recursos desembolsado para fomento a projetos científicos e tecnológicos representa mais que o dobro do que foi concedido no mesmo período de 2022 e o triplo em relação a 2021.
Do valor total liberado este ano pela Finep, a maior parte, equivalente a 89%, é de recursos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Outros 9% são recursos próprios da Finep e 2% são do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel).
“O FNDCT é o principal instrumento público de financiamento da ciência brasileira e, através dele, mobilizaremos recursos para projetos estruturantes em áreas estratégicas para a reindustrialização e para a superação dos desafios do país”, disse a ministra Luciana Santos.
De acordo com a Finep, o destaque são as operações descentralizadas, que praticamente dobraram a média de desembolsos, passando para cerca de R$ 30 milhões por mês em 2023. As operações descentralizadas atendem demandas das empresas e instituições por meio de agentes financeiros credenciados que operam recursos concedidos pela Finep.
O único ano no qual a Finep atingiu um volume tão alto de desembolso no primeiro trimestre foi 2014, durante o Programa de Sustentação do Investimento (PSI).
Para o presidente da Finep, Celso Pansera, esse aumento nas operações de crédito da empresa ocorre em um momento importante, juntamente com a iniciativa do governo Lula de buscar recompor integralmente os recursos do FNDCT. “Também está ocorrendo um aumento na oferta dos recursos reembolsáveis do fundo. Com o descontingenciamento total, o sistema de ciência, tecnologia e inovação brasileiro poderá contar com R$ 10 bilhões para investimentos neste ano”, reforça.
Novas condições
Para o superintendente da Área de Inovação da Finep, Newton Hamatsu, os bons resultados em 2023 são decorrentes de fatores como a entrada em operação de novos agentes financeiros credenciados, novos produtos como o Aquisição Inovadora e o Inovacred 4.0, mas especialmente as novas condições de apoio atreladas à Taxa Referencial (TR).
“Essas mudanças tornaram as taxas de juros na ponta mais baratas e previsíveis, além de serem de mais fácil entendimento pelas empresas e pelos próprios agentes financeiros, o que facilita o processo de captação das operações”, explica.
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