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Em menos de 100 dias, governo reajustou o valor das bolsas do CNPq e Capes
A valorização dos pesquisadores brasileiros foi uma das prioridades do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) nos primeiros cem dias de governo. No dia 16 de fevereiro, foi anunciado o reajuste nos valores das bolsas do CNPq e Capes, que não eram corrigidos há 10 anos. Em outra iniciativa, MCTI e CNPq concederam 500 novas bolsas de produtividade em pesquisa para doutorandos que coordenam projetos de relevância nas mais diversas áreas.
O aumento no valor das bolsas de pesquisa contempla 258 mil bolsistas. O reajuste foi de 40% para os alunos do mestrado e doutorado, de 25% para os pós-doutorandos, de 75% para a iniciação científica e de 200% para a iniciação científica junior. Também foram reajustadas em 20% as taxas de bancada para alunos de cursos de doutorado e pós-doutores e os adicionais de bancada das bolsas de Produtividade do CNPq.
“Os desafios estratégicos do país serão solucionados com pesquisa científica de alta qualidade, desenvolvida em laboratórios bem equipados e com infraestrutura robusta, mas, sobretudo, por pessoas. E essas pessoas devem ser reconhecidas, respeitadas e valorizadas. Nós estamos cuidando dos nossos pesquisadores e das nossas pesquisadoras”, disse a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Os alunos de iniciação científica no Ensino Médio também foram beneficiados pela medida. Um total de 53 mil bolsas para estimular jovens estudantes a se dedicar à pesquisa e à produção de ciência foi reajustada de R$ 100 para R$ 300. Na graduação no Ensino Superior, as bolsas de iniciação científica tiveram acréscimo de 75%. Passaram de R$ 400 para R$ 700.
Jovens doutores
O esforço do MCTI para recuperar a capacidade científica brasileira teve continuidade em março, quando foi a anunciada a oferta de 500 novas bolsas de Produtividade em Pesquisa (PQ) na categoria 2, que são destinadas a pesquisadoras e pesquisadores com, no mínimo, três anos de doutorado.
As bolsas são importante instrumento para estimular a produção científica de alto nível. Os pesquisadores contemplados lideram grupos de pesquisas e coordenam projetos de relevância em 48 diferentes áreas.
“A concessão dessas bolsas é ferramenta essencial para a pesquisa científica de alta qualidade e para a busca das soluções para os desafios do país”, afirmou a ministra.
Ao todo, o CNPq conta, atualmente, com cerca de 15 mil bolsistas PQ, sendo 8.700 bolsistas PQ 2 e 6.400 PQ 1. Com o aumento, serão 9.200 bolsas PQ 2, no total.