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Ministra visita CT Vacinas e centro de tecnologia em nanomateriais e grafeno da UFMG
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, visitou nesta segunda-feira (20), na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as instalações do CT Vacinas, onde está sendo desenvolvida a SpiN-TEC, primeira vacina 100% nacional contra a Covid-19. O centro recebeu investimentos do MCTI para se tornar o Centro Nacional de Vacinas, que integra a estratégia brasileira de alcançar a autossuficiência no desenvolvimento e na produção de Insumos Farmacêuticos Ativos e nas pesquisas para a fabricação de vacinas que atendam às necessidades nacionais, como é o caso da malária e da doença de Chagas, além da Covid.
“Este o único centro que está desenvolvendo a vacina genuinamente brasileira. Isso é uma demonstração de autonomia do país”, disse a ministra. “É um orgulho nacional poder consolidar esse processo da SpiN-TEC e dar seguimento ao centro tecnológico de vacina que vai desenvolver ainda mais pesquisas em rede para diversos outros desafios, como malária e a doenças de Chagas, para que possamos resolver, por conta própria, os problemas de saúde do povo brasileiro”, completou.
Para o desenvolvimento da Spin-TEC, o MCTI investiu cerca de R$ 16 milhões na realização dos testes pré-clínicos e nos testes clínicos de fases 1 e 2. Na fase 3, que deve ocorrer em 2024 com 1.400 voluntários, os investimentos somarão R$ 121 milhões. Já para transformar o CT Vacinas da UFMG em Centro Nacional para o desenvolvimento de novos imunizantes, incluindo plataformas vacinais, além de fármacos e kits diagnósticos, o MCTI investiu R$ 50 milhões.
“O CT Vacinas é fundamental porque é um laboratório da UFMG que produz vacina contra Covid-19 desde o IFA até a produção em larga escala e tem toda uma questão de capacitação. Com a parceria do MCTI, haverá expansão para um Centro Nacional cm produção de outros IFAs em território nacional”, explicou o CEO do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), Marco Crocco.
Nanotecnologia
Durante a visita, a ministra Luciana Santos também conheceu o CTNano da UFMG, centro de tecnologia em nanomateriais e grafeno, que conta 12 laboratórios. “Queremos desenvolver nanotecnologia com sustentabilidade, esse é o nosso objetivo”, resumiu a pesquisadora Glaura Goulart, coordenadora do CTNano.
O CTNano possui 20 projetos em execução, todos financiados por empresas. A maioria envolve desenvolvimento com grafeno para tratamento de água, revestimento anticorrosivo e nanofluidos para a recuperação melhorada do petróleo.