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MCTI reafirma compromisso com recomposição do FNDCT
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, reafirmou, nesta sexta-feira (3), o compromisso do MCTI com a recomposição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e a liberação dos recursos. Essa foi uma das principais demandas elencadas durante debate que reuniu presidentes das academias brasileiras de Ciências (ABC), Letras (ABL), Engenharia e Medicina, além de cientistas e representantes de institutos de pesquisa e sociedade civil na sede da ABC, no Rio de Janeiro.
“O que ocorreu com o FNDCT é mais uma demonstração do completo descaso do antigo governo com a ciência”, afirmou a ministra. “Este mês, vamos acertar com a Casa Civil e o Ministério do Planejamento, para levar ao Congresso Nacional medidas para o descontingenciamento, restabelecendo os R$ 9 bilhões do Fundo”, explicou.
Além de destacar a preocupação com o FNDCT, a presidente da ABC, Helena Nader, lembrou que o encontro realizado nesta sexta-feira reuniu representantes das quatro Academias com sede no Rio de Janeiro. Nader ressaltou a importância do trabalho conjunto, com diálogo aberto com o governo federal. Ela citou ainda a necessidade de investimentos em capital humano nos institutos de pesquisa. “É preciso recompor o quadro dos institutos, que podem ter um papel ainda mais relevante na ciência e inovação”, disse.
Representando o presidente da Academia Brasileira de Letras, o historiador José Murilo de Carvalho defendeu o combate às desigualdades e falou sobre o papel da ciência como fator de desenvolvimento. “A ciência só tem sentido se estiver a serviço do humano, do bem-estar”, comentou. “Em 200 anos, não construímos um futuro com perspectiva de mais igualdade e educação. A ciência deve estar preocupada com isso. É o interesse nacional, é o coletivo”, concluiu
Na mesma linha, o presidente da Academia Brasileira de Engenharia, Francis Bogossian, enfatizou a importância da ciência e da engenharia para a geração de riquezas. “Não há desenvolvimento de uma nação sem desenvolvimento de ciência e da tecnologia, e a ciência não pode prescindir da engenharia.”
Já o presidente da Academia Brasileira de Medicina, Francisco Sampaio, pediu mais investimentos nos projetos de iniciação científica: “é o futuro da ciência”.