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MCTI publica ações e recomendações no âmbito da pesquisa, desenvolvimento e inovação para enfrentamento da influenza aviária
Parque Nacional da Lagoa do Peixe, no sul do Rio Grande do Sul, principal hotspot de aves migratórias oriundas do Hemisfério Norte. Foto: Antônio Coimbra de Brum
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Políticas e Programas Estratégicos (Seppe), publicou nesta segunda-feira (27) o documento ‘Ações e recomendações de PD&I para o Enfrentamento do vírus H5N1’. O informe reúne as propostas dos pesquisadores que integram a RedeVírus MCTI em termos de ações e recomendações prioritárias de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o enfrentamento da gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1).
As propostas são resultado do debate realizado no dia 10 de março sobre o surto de gripe aviária, ou influenza aviária, do subtipo H5N1, que é altamente patogênica às aves silvestres e domésticas. O vírus H5N1 também pode infectar mamíferos. Foram registrados casos com leões-marinhos e visions.
De acordo com alerta emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) de 13 de março, surtos de H5N1 foram relatados em 16 países das Américas e houve a confirmação da primeira infecção humana causada pelo vírus H5N1 na América Latina e no Caribe, além do aumento de casos em mamíferos.
“As ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação propostas pela RedeVírus MCTI são fundamentais para a elaboração de uma estratégia de enfrentamento da gripe aviária H5N1. Mesmo que ainda não tenha nenhum caso confirmado no Brasil, precisamos estar preparados, do ponto de vista científico, para o enfrentamento deste problema”, afirma o coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias, Thiago Moraes.
De acordo com Moraes, as ações propostas permitirão o desenvolvimento de vacinas, medicamentos e tecnologias de diagnóstico eficazes, bem como a melhoria das práticas de biossegurança. “Essas ações são essenciais para proteger a saúde pública e animal, reduzir a morbidade e mortalidade e prevenir a inserção e a disseminação desta doença que tem afetado severamente as cadeias de produção de aves ao redor do mundo”, explica.
O documento produzido pela RedeVírus MCTI propõe ações em duas frentes: as que podem ser desenvolvidas no âmbito de projetos em andamento e novas iniciativas.
As indicações de desenvolvimento de testes de diagnóstico rápido e monitoramento genômico, por exemplo, consideram a infraestrutura disponível e os investimentos já efetuados nos projetos no âmbito da RedeVírus MCTI, que foi constituída em 2020 para o enfrentamento de viroses emergentes e reemergentes.
Outro exemplo envolve as ações da Rede Previr, um braço da RedeVírus MCTI, que se dedica ao monitoramento de viroses em animais silvestres com potencial para migrar para humanos. Desde agosto de 2022, os pesquisadores intensificaram as ações de campo para a busca ativa do vírus H5N1 em aves migratórias. O objetivo é tentar detectar antecipadamente possíveis casos em aves silvestres em regiões estratégicas que estão nas rotas das aves migratórias, como o Pantanal e a região Sul, para alertar o serviço oficial de vigilância para adotar medidas preventivas na região.
Com relação às novas ações, foi proposto o desenvolvimento de novas plataformas tecnológicas como alternativas ao uso de ovos embrionados para vacina e ações para redução da dependência externa de insumos, entre outros.
Leia a íntegra do documento neste link.