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MCTI pretende implementar projetos estruturantes para modernizar infraestrutura de pesquisa do país
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, afirmou, nesta segunda-feira (20), que uma série de projetos estruturantes deve ser implementada para modernizar a infraestrutura de pesquisa científica do país e contribuir para a superação dos desafios nacionais em áreas como meio ambiente, saúde e reindustrialização. A afirmação foi feita durante aula inaugural para alunos de pós-graduação do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe – UFRJ).
Ao abrir a sua fala, a ministra lembrou da importante atuação da Coppe, ao longo de 60 anos, em projetos que contribuíram para o desenvolvimento tecnológico do país. “Vocês são a inteligência brasileira, e o trabalho que realizam nas diferentes áreas do conhecimento será fundamental para o salto de crescimento e inclusão que queremos para o Brasil. Nosso governo não considera as universidades como espaços de balbúrdia, pelo contrário, são espaços de excelência que nós respeitamos”, afirmou.
Em seguida, anunciou inciativas estruturantes do MCTI para o desenvolvimento do país. “Não há como enfrentar questões candentes do Brasil sem a ciência, tecnologia e inovação. Perpassam questão nacionais como o combate à fome, a desigualdade social, a transição energética e a mitigação dos efeitos da mudança do clima”, comentou.
Na área do meio ambiente, a ministra lembrou o acordo de cooperação que será assinado, neste mês, com a China, para o desenvolvimento de um novo satélite, o CBERS-6, que vai mudar o monitoramento da Amazônia, e o plano de expansão do sistema de monitoramento e alertas de desastres naturais do Cemaden, que vai alcançar 1.835 municípios e 70% da população brasileira em quatro anos, ampliando e aprimorando a manutenção da rede observacional existente.
Outro destaque na área de mitigação de mudanças climáticas é a articulação do MCTI com outros Ministérios para elaborar um novo Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres a ser apresentado para a Casa Civil da Presidência da República. A iniciativa vai contemplar medidas em quatro eixos: conhecimento e percepção de risco; monitoramento e alerta; obras estruturantes e de mitigação; preparação de resposta.
A ministra ressaltou os esforços para apoiar o processo de reindustrialização, como, por exemplo, a criação de um grupo interministerial para analisar a reversão da liquidação da empresa Ceitec – medida que marca o início do processo de atualização da política nacional de semicondutores, estratégica para a agenda de reindustrialização do país. “Ainda sobre esse assunto, temos a expectativa do anúncio de um decreto presidencial que retoma o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, o PADIS, com a inclusão dos insumos para o setor fotovoltaico”, disse.
O diretor da Coppe, Romildo Toledo, falou sobre a importância do diálogo com o governo federal. “Vivemos anos muito difíceis, de pouca valorização, mas não desistimos”, lembrou. “A expectativa é grande para reconstruir o país a partir da ciência, tecnologia e inovação. Sabemos do papel que elas têm para o desenvolvimento e, por isso, a presença da ministra é tão importante aqui hoje”.