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MCTI participa de evento do CNPq em comemoração ao Dia Internacional da Mulher
Em comemoração ao Mês da Mulher, o CNPq, agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), realizará uma série de lives intituladas “Ciência Plural”. A primeira delas aconteceu nesta segunda-feira (6) com o tema “Mulheres Negras, Educação e Ciência” e contou com a participação da ministra Luciana Santos.
O presidente do CNPq, Ricardo Galvão, abriu os debates destacando o trabalho da agência na luta pela igualdade de gênero na pesquisa científica. Ao citar dados sobre bolsas de pesquisa concedidas para homens e mulheres, lamentou a ausência de recortes raciais. “Esperamos, em breve, levantar este recorte. Estou preocupado que as ações afirmativas ao gênero cresçam”, disse.
A ministra Luciana Santos lembrou o trabalho pioneiro do CNPq no estímulo à participação da mulher na ciência. “Ao longo de sua história, o CNPq tem prestado incalculáveis serviços ao desenvolvimento científico do Brasil, mas foi decisiva a sua contribuição para a pauta de gênero ao tornar visível a desigualdade que marca os ambientes de pesquisa e de produção do conhecimento”, afirmou a ministra, ressaltando que as mulheres ainda são minoria em determinadas áreas do conhecimento e nas posições de liderança.
A ministra Luciana Santos disse ainda que o programa Mulher e Ciência, criado em 2005 pelo CNPq, obteve resultados exitosos por disseminar a agenda da inserção feminina na ciência para outras instituições, estimular estudos de gênero e promover a participação das mulheres nas carreiras científicas e acadêmicas, além de adotar medidas, como a prorrogação da bolsa de pesquisa em caso de parto e a inserção da data de nascimento dos filhos na Plataforma Lattes, permitindo a alteração dos prazos exigidos das bolsistas.
Já a professora Nilma Lino Gomes, ex-ministra da Igualdade Racial, das Mulheres, Juventude e Direitos Humanos, falou sobre a importância de ressignificar as datas comemorativas. “Se a ciência é um desafio para as mulheres brancas, imagine para as negras e indígenas?”, questionou, frisando que as mulheres negras ainda precisam lutar pelo direito de reconhecimento de serem humanas e de que não há horizontalidade nos lugares ocupados na ciência.
O CNPq continuará com os debates semanais ao longo do mês de março, em formato virtual, com transmissão pelo Youtube.