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MCTI defende autossuficiência do país no desenvolvimento de IFA
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, defendeu nesta segunda-feira (20) que o Brasil alcance a autossuficiência no desenvolvimento e na produção de Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs). Ao participar da abertura do ano letivo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ela lembrou diversas parcerias com a universidade na área da saúde, que somam R$ 319 milhões por meio de editais da Finep e do CNPq, além de recursos do orçamento do MCTI.
“Cada investimento que realizamos em pesquisa e desenvolvimento, ampliamos o acesso da população aos benefícios da ciência e da tecnologia e melhoramos a qualidade de vida dos brasileiros”, disse. “Nosso objetivo é usar a nossa melhor ciência para antecipar o futuro, atendendo as demandas mais complexas da sociedade e da indústria”, acrescentou.
Entre as parcerias, está o investimento de R$ 50 milhões para transformar o CT Vacinas da UFMG em Centro Nacional de desenvolvimento de novos imunizantes, incluindo plataformas vacinais, além de fármacos e kits diagnósticos. “Com infraestrutura robusta e aberto a pesquisadores de todo o Brasil, o Centro Nacional de Vacinas vai oferecer ao país as condições para dominar toda a cadeia de fabricação de produtos imunobiológicos, inclusive, em larga escala”, afirmou a ministra.
Outra parceria com a UFMG destacada pela ministra é o desenvolvimento da vacina SpiN-TEC contra a Covid-19, que possui tecnologia 100% brasileira e receberá R$ 120 milhões de investimentos do MCTI para a fase 3 dos testes, que deve ocorrer em 2024 com 1,4 mil voluntários. “Temos as melhores expectativas em relação à efetividade do SpiN-TEC contra variantes e subvariantes da Covid-19”, adiantou.
Apoio a universidades
A ministra falou ainda sobre o empenho do MCTI para o fortalecimento da base científica brasileira. “Cada jovem que inicia hoje uma etapa importante na sua formação aqui na UFMG terá um papel a desempenhar na produção do conhecimento que ajudará o país a superar os seus desafios”, disse. “Queremos que o Brasil dê um salto no seu desenvolvimento econômico e social. Para isso, contamos com a força e trabalho e inteligência das nossas universidades”, concluiu.
A reitora da UFMG, Sandra Regina Goulart, também destacou a importância das universidades para o desenvolvimento do país. “Somos um patrimônio do governo brasileiro. Mais de 95% da ciência brasileira é feita em universidades”, comentou. “A UFMG está à disposição do MCTI e do fortalecimento da ciência”, completou.