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MCTI contribuirá com ações de monitoramento dos ataques de tubarões no litoral pernambucano
Foto: Wesley Sousa
A ministra Luciana Santos colocou o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) à disposição do governo de Pernambuco para as ações de monitoramento dos ataques de tubarões que acontecem nas praias da Região Metropolitana do Recife. O assunto foi discutido em reunião nesta terça-feira (7) entre a ministra, o ministro da Pesca, André de Paula, e, por videoconferência, a governadora do estado, Raquel Lyra.
Segundo Luciana Santos, é preciso compreender o fenômeno e atuar nas causas do aumento dos ataques. “A ciência está em todo lugar. E neste caso específico, pesquisa e monitoramento são necessários para a compreensão do fenômeno”, disse a ministra, lembrando também da importância da educação ambiental e de iniciativas que alertem à população.
Presente à reunião, o secretário indicado para Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Inácio Arruda, sugeriu o deslocamento de um barco de monitoramento do MCTI, que está baseado em Fortaleza, para o desenvolvimento de estudos em parceria com a Universidade Federal do Ceará.
Para o ministro da Pesca, André de Paula, é fundamental a soma de esforços para solucionar o problema. “É importante agirem em parceira os governos federal e estadual e todas as unidades de pesquisa e ensino que atuam nesta área. Estaremos envolvidos na retomada do trabalho de monitoramento por meio da Secretaria de Monitoramento e Pesquisa do nosso ministério”, salientou.
A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, pretende incluir os técnicos do governo federal nas discussões do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit). “Do Cemit sairão ações de curto, médio e longo prazos para trazer soluções ao problema. São 40 anos de estudos. A gente precisa agir. É muito importante a colaboração do governo federal para a gente fazer uma gestão sustentada”, afirmou.
Segundo a secretária de Registro, Monitoramento e Pesquisa do Ministério da Pesca, Flávia Luciena, a tecnologia poderá ser uma aliada no monitoramento aos ataques de tubarões. “A junção da pesquisa com equipamentos de rastreamento por satélites, Baited Remote Underwater Video - BRUV (aquáticos), drones (aéreos) são aliados para ajudar no monitoramento. Além da educação ambiental, ou seja, conscientizar os banhistas, turistas, as pessoas de que há efetivamente este perigo, para elas seguirem as regras de fechamento das praias, a não utilização de práticas esportivas”, frisou Lucena, além do trabalho de policiamento e fiscalização.
Ataques – O primeiro registro de ataque de tubarão na costa pernambucana ocorreu em 1992. Os acidentes com os animais já causaram 77 vítimas em todo o estado, provocando 26 mortes. Nos últimos 15 dias (entre fevereiro e março), houve três ataques nas praias de Boa Viagem e Piedade, o que reacendeu o alerta.