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MCTI busca fortalecer parceria com FAO em projeto de desenvolvimento sustentável na Amazônia
Foto: Luara Baggi
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu, nesta sexta-feira (10), o representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Rafael Zavala, e o oficial-sênior de Aquicultura e Pesca da FAO, Alejandro Flores Nava, para tratar do projeto comum de desenvolvimento econômico e social sustentável na Amazônia.
Ao abrir a reunião, Rafael Zavala falou sobre a importância e destacou o caráter estruturante da iniciativa ‘Fortalecendo processos de gestão participativa de recursos naturais para o desenvolvimento econômico sustentável, conservação da biodiversidade e manutenção dos estoques de carbono na Amazônia’. Segundo ele, o projeto abrange os estados do Amazonas, Pará e Amapá.
“O objetivo é preservar e melhorar a sociobiodiversidade dentro do Amazonas, nas florestas de várzeas e manguezais”, explicou. “O mundo e regiões como a Amazônia estão fatigados de pequenos projetos ou de atividades de visão imediatista. Este projeto poderá inclusive ser ponta de lança para outros países replicarem o modelo”, acrescentou.
Já Alejandro Nava enfatizou que o projeto teve grande participação social. “Uma característica importante dessa ação é que trata-se de um movimento social. Mesmo com foco na biodiversidade, ela é muito centrada nas pessoas. As comunidades, os institutos parceiros, todos foram consultados”, comentou.
Ao longo do encontro, a ministra se comprometeu com avanços em relação à iniciativa e agradeceu a parceria com o organismo internacional. “Fazer parceria com a FAO na Amazônia se reveste para nós de muitas possibilidades”, disse a ministra. “É um território de muita riqueza, ainda desconhecida e, ao mesmo tempo, com uma população muito sofrida. É um território que precisa ter uma visão de desenvolvimento sustentável”, completou.
A ministra também salientou o importante papel da FAO nas políticas de segurança alimentar. “Uma das piores mazelas que o modelo econômico injusto pode ter é a fome. Com a riqueza que temos, não há justificativa para ter fome no Brasil. A FAO sempre se inseriu nesse debate para superar essa mazela”, disse. “Desde a primeira reunião, reafirmo que a ciência está a serviço de resolver problemas, não só o combate à fome, mas outros desafios nacionais, como a reindustrialização e as mudanças climáticas”, concluiu.