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CTNBio promove reunião na sede do CNPEM e conhece projetos de laboratórios de biossegurança
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança concluiu na última quinta-feira (2), em Campinas (SP), sua reunião ordinária mensal. Nesta edição, os membros do conselho realizaram as deliberações na sede do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social do MCTI que abriga o Sirius, o acelerador de partículas brasileiro e maior infraestrutura de pesquisa do Brasil.
Os representantes da comissão visitaram os laboratórios do CNPEM, conheceram o espaço onde será construído o novo Laboratório de Nível de Biossegurança 3 (NB3) e assistiram a uma apresentação sobre o projeto do Laboratório Nacional de Máxima Contenção, com Nível de Biossegurança 4 (NB4), que vai funcionar integrado ao Sirius. Isso permitirá explorar interações de patógenos com células hospedeiras, abrindo possibilidades de avanços no entendimento das doenças causadas por organismos altamente contagiosos.
Deliberações - Entre as principais deliberações da Comissão, responsável por analisar no país a segurança de tecnologias que contenham Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), estão a aprovação comercial para cultivo e uso no Brasil do trigo geneticamente modificado HB4, que possui maior tolerância à seca e herbicida; de dois clones de eucalipto e uma espécie de milho. A comissão também aprovou uma vacina OGM para a imunização de gatos contra rinotraqueíte viral felina, calicivirose, clamidiose, panleucopenia e leucemia felina.
Foram enquadradas como não OGM duas linhagens de soja desenvolvidas pela Embrapa com maior tolerância à seca; uma cepa de levedura para a produção de etanol e um suplemento alimentar para controle de Salmonella em aves.
O presidente da CTNBio, Paulo Barroso, ressalta que, entre os produtos avaliados, cinco contam com a participação de instituições brasileiras em seu desenvolvimento. “Fundamental destacar que, das tecnologias avaliadas pela CTNBio, cinco delas – as sojas (Embrapa Soja), os eucaliptos (Suzano) e a levedura (Fermentc) – foram desenvolvidas por instituições brasileiras e o trigo foi desenvolvido por instituições argentinas (Universidad del Litoral/Bioceres) com apoio da brasileira TMG. Um marco para ciência do Brasil”, afirmou.
Com informações do CNPEM