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Cemaden alerta população para percepção dos riscos de desastres naturais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) promoveu uma palestra nesta quinta-feira (16) para chamar a atenção da população para a percepção do risco em casos de eventos extremos. De acordo com o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo, o Cemaden não faz previsão meteorológica, mas emite alertas de risco de enxurradas, deslizamentos de terra e inundações provocados por chuvas intensas.
“As chuvas não matam. O que mata é a consequência das chuvas extremas em áreas de risco onde a população mora”, afirmou Marengo durante evento realizado na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), em alusão ao Dia Nacional da Conscientização sobre Mudanças Climáticas.
Segundo Marengo, além das chuvas, o Cemaden também monitora estiagens e ondas de calor. “O aquecimento global e a mudança climática já aconteceram há 600 mil anos. É um processo natural. Já aconteceu no passado e se repete. Em todo mundo existe uma tendência de extremos e não só de chuvas, mas também de secas, furacões, ondas de calor e de frio. Esta é uma tendência observada, e o Brasil não é uma exceção”, explicou.
Os desastres naturais, acrescenta José Marengo, provocam uma série de consequências, como, por exemplo, o deslocamento das pessoas que vivem em áreas vulneráveis, queda na produtividade e aumento dos preços, crescimento da pobreza, agravamento de problemas de saúde, restrições na mobilidade e limitação de água potável.
“A população precisa acreditar e respeitar os alertas e até identificar um possível problema. A natureza dá sinais”, concluiu.