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Seminário promovido pelo CNPq debate participação de mulheres na ciência e tecnologia
A construção de uma política de ciência que contemple a igualdade de gênero vai além da questão da democracia e da equidade de direitos. É também uma questão de excelência na ciência e tecnologia. A afirmação foi feita pela analista do CNPq Betina Stefanello Lima, que participou nesta segunda-feira (6) do seminário “Mulheres na Ciência e Tecnologia: repensando gênero e ciência”.
Segundo ela, a igualdade de gênero na produção do conhecimento científico é fundamental para o desenvolvimento sustentável. Por isso, destacou a implementação de ações estruturantes como o programa Mulheres e Ciência, criado em 2005, para promover a participação das mulheres na ciência.
“Fomentar uma política de ciência, sob a perspectiva de gênero, vai além da questão da democracia e da igualdade de direitos. É também uma questão de excelência na ciência e na tecnologia. Temos perdido talentos femininos e a diversidade de olhares para produção de conhecimento. Para um desenvolvimento sustentável, precisamos de equidade em gênero na ciência”, afirmou Betina durante a mesa “Gênero e Ciência: Experiências no Brasil e no Exterior”.
A cientista brasileira Jaqueline Goes de Jesus, que integrou a equipe que mapeou os primeiros genomas do coronavírus, também enfatizou a ausência de representatividade negra em ambientes científicos e acadêmicos. “Na distribuição de bolsas, apenas 15% das docentes no ensino superior têm acesso a este tipo de apoio. Entre elas, apenas 2,6% são negras”, explicou.