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Ministra Luciana Santos anuncia Ricardo Galvão como novo presidente do CNPq
O físico Ricardo Galvão foi anunciado nesta terça-feira (17), em Brasília, como novo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A instituição, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é a principal responsável pelo fomento da ciência no Brasil e atua no financiamento de pesquisas em áreas estratégicas e na formação de pesquisadores, mestres, doutores e especialistas, com mais de 80 mil bolsistas em universidades e institutos nacionais e internacionais.
Na cerimônia de nomeação, Galvão agradeceu a confiança do presidente Lula e da ministra Luciana Santos, e lembrou os desafios enfrentados por ele, pessoalmente, e pela ciência brasileira. Para o novo presidente do CNPq, a nova gestão representa uma virada de página.
“Nossa ciência sobreviveu a um cataclismo político. No dia de hoje viramos essa página triste de nossa história com a convicção que a ciência voltará a promover grandes avanços para nossa sociedade através da autoridade do conhecimento.”
A ministra Luciana Santos ressaltou que a ciência está de volta ao Brasil e defendeu que a CT&I seja uma política de Estado capaz de sobreviver a tempestades. Luciana Santos também anunciou a recomposição do orçamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
“Tenho a satisfação de anunciar a recomposição do orçamento do FNDCT e o fim dos limites impostos pela MP 1136, que perderá validade nos primeiros dias de fevereiro. Com a liberação integral dos recursos do FNDCT, principal instrumento público de financiamento da ciência, encerramos um longo período de descaso e desvalorização da pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico do país”.
Segundo a ministra, essa decisão do governo Lula aponta que a ciência vai atuar no combate à fome, na política de reindustrialização do país e na construção de uma agenda climática e de transição energética para garantir um país independente e soberano.
Já o ex-presidente do CNPq, Evaldo Vilela, que deixa o cargo, desejou sucesso à nova gestão e listou ações de sucesso em seu mandato, como impedir a fusão entre Capes e CNPq, manter o pagamento das bolsas e a realização de editais para combate à pandemia de Covid-19.
“Pude reforçar o quanto o país conseguiu, apesar de todas as dificuldades, construir uma ciência robusta, uma garantia para o futuro. Para isso, tenho certeza que contribuiu muito o CNPq. Hoje somos o berço de alguns dos nomes mais importantes da ciência mundial.”
Também compôs a mesa do evento a presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Mercedes Bustamante.
Perfil – Ricardo Galvão é doutor em Física de Plasmas Aplicada pelo Instituto de Tecnologia e Massachussetts (MIT). Professor titular do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, foi diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) de 2004 a 2011; diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 2016 a 2019, presidente da Sociedade Brasileira de Física (2013-2016) e membro da Sociedade Europeia de Física (2013-2016). Em 2019, foi eleito pela revista Nature como o primeiro em uma lista das 10 pessoas mais importantes para a ciência naquele ano. Em 2021 recebeu o Prêmio da Liberdade e Responsabilidade Científica da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Confira a íntegra da transmissão do evento abaixo