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Programa de mapeamento de tecnologias sociais na Amazônia é apresentado na 19ª SNCT
Foto: Wesley Sousa (SEAPC / MCTI)
Os resultados preliminares de um grande levantamento das tecnologias sociais produzidas na Região Amazônica foram apresentados neste domingo (4), último dia da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Pavilhão do Parque de Exposições, em Brasília (DF).
O Programa Tecnologias Sociais Sustentáveis da Amazônia é coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em colaboração com o Museu Paraense Emílio Goeldi e Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá - instituições de pesquisa vinculadas ao MCTI e sediadas na Região Norte do Brasil. O projeto conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
“Temos mais de 100 iniciativas e experiências em andamento. Estamos fazendo um grande levantamento para caracterizar, identificar, descrever e produzir um catálogo de divulgação das tecnologias sociais produzidas na Amazônia para a população amazônica”, revelou a coordenadora do projeto e de Tecnologia Social do Inpa, a doutora em Saúde Pública Denise Gutierrez.
Implantado há dois anos, o projeto realiza o mapeamento de experiências de sucesso em tecnologia social da Amazônia, focadas na melhoria das condições de vida dos povos da região. As tecnologias sociais estão presentes em áreas como acesso à agua potável, segurança alimentar, questões de habitação na região amazônica, qualidade da educação básica e diferenças e desigualdades de gênero.
Necessidades da população
A coordenadora do mapeamento explicou que a tecnologia social é uma área muito importante porque junta o conhecimento científico com o conhecimento popular e trabalha em cima das demandas e necessidades concretas das populações. Segundo ela, geralmente são tecnologias de uso aberto, sem patente e sem restrição de uso que se caracterizam pela simplicidade, baixo custo e insumos acessíveis.
“Tecnologia social para uma área de tão grande desigualdade e falta de acesso ao conhecimento como o Norte e Nordeste do Brasil é fundamental. Uma tecnologia social de sucesso absoluto foram as cisternas para o Semiárido”, exemplificou Denise Gutierrez.
O projeto de mapeamento das tecnologias sociais sustentáveis e inovadoras da Amazônia, realizado pelas instituições vinculadas ao MCTI, completou dois anos e está na fase de finalização da sistematização dos dados. A conclusão está prevista para julho de 2023, mas a expectativa é que o prazo do projeto seja estendido.