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Expedição Científica do Rio São Francisco alia produção de conhecimento e resolução de problemas ambientais e sociais
Foto: Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
No penúltimo dia da 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília (DF), o professor Emerson Soares, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), apresentou no Palco Principal um balanço da 5ª Expedição Científica do Baixo São Francisco. De 3 a 12 de novembro, três embarcações percorreram 10 municípios de Alagoas e Sergipe. Com a participação de 68 pesquisadores de todo o país, a iniciativa aliou ações de ciência, educação, saúde e conhecimento científico para a solução de problemas que ameaçam o meio ambiente e atingem as comunidades tradicionais.
O professor, que também coordena a Expedição, explicou os problemas que motivaram o início das expedições e o crescimento da iniciativa, que passou do diagnóstico de problemas ao uso de dados coletados para a geração de políticas públicas, conscientização social e melhoria da qualidade de vida da população da região.
“Em 2017, nós apresentamos a proposta, vínhamos de uma situação de 7 anos de estiagem, e a situação estava grave no ponto de vista de geração de renda, pesca, e disponibilidade de dados. Com o apoio de poucas instituições começamos o trabalho de diagnóstico e compreendemos quão grave era a situação no Baixo São Francisco”, conta.
Desde então, a expedição atraiu novos apoios incluindo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Hoje, os pesquisadores conseguem levar à região ações como coleta de material para análise da água, solo, peixes e flora; saúde bucal, consultas médicas e exames; educação ambiental, doações para instituições e escolas; e visitas a comunidades indígenas, quilombolas e colônias de pescadores.
“O MCTI entrou como grande investidor, o que deu um upgrade no nosso trabalho. Hoje em dia são 27 instituições fazendo parte do trabalho, 90 pessoas, 68 pesquisadores, 35 áreas de pesquisa. É a maior expedição científica do Brasil. A confiança da população é grande conosco, as prefeituras entraram em parceria. Isso mostra que, com união da comunidade e instituições parceiras nós conseguimos ter resultados que podem ser replicados e melhorar a qualidade de vida e ambiental do São Francisco”, pontua.
As Expedições Científicas do Baixo São Francisco são uma realização da UFAL, por meio do investimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), da Semarh-AL e da Fapeal; e do apoio da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes), Agência Peixe Vivo, Tanto Expresso, ICMBio, Emater-AL, Hanna Instruments, Colgate, Rotary Club Arapiraca, Triunfo Pedras, Grupo Coringa, Andrade Distribuidor LTDA e das seguintes instituições de pesquisa: UFRPE, UFBA, Unir, UFPB, UFS, INPI, UEFS e do IEAPM.
Mais informações estão disponíveis no Instagram @expedicao_saofrancisco e na página no portal da UFAL.