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Segurança e soberania alimentar é tema do “Ciclo de Palestras 200 Anos de Independência – A Ciência e o desenvolvimento do Brasil”
Presidente do CNPq ressaltou a importância de um debate entre setores públicos e privados sobre a agricultura
Publicado em
09/11/2022 16h05
Atualizado em
16/12/2022 15h51
Foto: Marcelo Camará (SEAPC / MCTI)
A agricultura brasileira é reconhecida como altamente competitiva e geradora de empregos, riqueza, alimentos, fibras e de bioenergia para o Brasil e outros países. Nesse contexto, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), professor Evaldo Ferreira Vilela, proferiu uma palestra sobre “Segurança e soberania alimentar”, nesta terça-feira (8), em Brasília-DF. A palestra faz parte do “Ciclo de Palestras 200 Anos de Independência – A Ciência e o desenvolvimento do Brasil” uma realização do Centro Cultural do Branco do Brasil de Brasília, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Para o professor Vilela, o papel da agricultura no futuro ultrapassará substancialmente aquele tradicionalmente observado, exigindo esforço conjunto dos setores público e privado. A agricultura, além de ser causa, exercerá papel preponderante e crescente na solução de numerosos problemas ambientais, tais como a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, o enriquecimento da biodiversidade e o sequestro de carbono da atmosfera.
Vilela diz que a dependência do país de tecnologias e de conhecimento alcança cerca de 70%, quando se fala em alimentos. Ele diz que a genética do frango é 100% importada e há uma dependência quase absoluta na área de suínos. A soja cultivada na região Centro-Oeste também tem suas sementes importadas. Além da urgência na articulação entre governo, o mercado e área científica, o professor Vilela frisou a necessidade de se trazer o assunto para o debate público.
Além disso, devido à sua multifuncionalidade, a agricultura desempenhará um papel cada vez mais estratégico na economia brasileira em função das suas possibilidades de aplicação no fornecimento de serviços ambientais e ecossistêmicos; na produção de biomassa, biomateriais e química verde; na criação de biofábricas para a produção de insumos biológicos; na nutrição da população (nexo alimentos, nutrição e saúde); e no desenvolvimento de aspectos da cultura, da tradição, da gastronomia e do turismo de diferentes regiões brasileiras.