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Olimpíada Nacional de Ciências MCTI 2022 premia estudantes mais bem classificados no país
Durante solenidade, alunos de escolas públicas e privadas que tiveram destaque na olimpíada, oriundos de 18 estados do Brasil, receberam certificado, medalhas e troféus
Publicado em
23/11/2022 18h05
Atualizado em
23/11/2022 18h22
Foto: Neila Rocha (SEAPC / MCTI)
Os 40 estudantes de escolas públicas e privadas de todo o Brasil mais bem classificados na Olimpíada Nacional de Ciências MCTI - ONC 2022 foram premiados, nesta quarta-feira (23), durante solenidade na sede do ministério, em Brasília. Os meninos e meninas mais bem classificados receberam medalhas, certificados e troféus, representando os mais de 3 milhões de inscritos na Olimpíada deste ano, distribuídos por mais de 4,5 mil municípios do país.
“Talentos precisam ser reconhecidos, comemorados e valorizados. Vocês são talentos do conhecimento”, afirmou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, durante a cerimônia. Segundo ele, as olimpíadas de conhecimento são instrumentos de transformação e construção de futuro por meio da associação entre educação, ciência, tecnologia e inovação.
O ministro destacou que o MCTI promove atualmente mais de 80 olimpíadas em diversas áreas e reforçou a importância de estabelecer parcerias para promover o conhecimento como um fator de transformação. “A necessidade de evoluir nos leva à busca incessante de conhecimento, construindo um ciclo do bem que transforma pessoas, famílias, territórios e o mundo”, apontou.
A Olimpíada Nacional de Ciências é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) desde 2016 e tem como objetivos despertar e estimular o interesse pelo estudo das ciências naturais; além de identificar estudantes talentosos e incentivar seu ingresso nas áreas científicas e tecnológicas. Participam estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental; em qualquer ano do Ensino Médio e estudantes da 4ª série do Ensino Técnico e que não tenham ingressado em curso superior. As provas incluem questões de Astronomia, Biologia, Física, História e Química.
A premiação dos mais destacados estudantes da ONC MCTI 2022 foi dividida em cinco níveis, com oito estudantes em cada um deles. Os 40 alunos oriundos de 18 estados do país receberam certificados e medalha. Um troféu foi entregue a um representante de cada nível.
Prêmios especiais
Durante a cerimônia, o estudante Renan Santos Figueiredo, o mais bem classificado em todo o Brasil entre os alunos de escola pública, recebeu um troféu especial da Petrobras. Renan, de 13 anos, é estudante do 7º ano do ensino fundamental na Fundação Instituto de Educação de Barueri (Fieb), em Barueri (SP).
Acompanhado pelos pais durante a cerimônia, Renan conta que já participou de diversas olimpíadas e diz que o interesse pela ciência foi despertado por influência do pai, formado em ciências biológicas. Sobre o futuro, revela que quer se tornar um oficial do Exército e se dedicar a alguma carreira científica. “Gosto bastante de matemática, história e ciências.”
Uma novidade deste ano foi a entrega de troféus pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), da Organização das Nações Unidas (ONU), para as cinco meninas que tiveram melhor desempenho na ONC 2022, uma de cada região do Brasil.
A representante do UNFPA, Júnia Quiroga, reforçou que “há desigualdades de gênero na família e no ambiente escolar que podem minar autoconfiança de meninas e adolescentes”. Segundo ela, a parceria com a ONC visa à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres. Ela ressaltou que as olimpíadas científicas são “instrumentos poderosos na transformação social, na oferta de caminhos para a adolescência e juventude e na formação de futuros pesquisadores”.
Uma das cinco premiadas foi Ana Clara Leal Machado, de 19 anos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, em Salvador (BA), onde está concluindo o terceiro ano do curso técnico de Química integrado com o Ensino Médio. “A minha primeira participação na ONC foi no ano passado, quando ganhei menção honrosa, e foi um incentivo para estudar e ganhar a medalha de ouro neste ano.” Ana Clara diz que pretende estudar Odontologia e já se prepara para a segunda fase do vestibular da Universidade de Campinas (Unicamp).
Para o coordenador nacional da ONC MCTI, professor Jean Carlos Antunes Catapreta, a olimpíada tem o papel de despertar nos alunos o interesse pela ciência e, com isso, “mudar o mundo ao redor delas”. O professor também ressaltou a importância do apoio e colaboração das famílias no desempenho e dedicação dos estudantes.
O diretor de Difusão e Promoção da Ciência do MCTI, Daniel Lavouras, parabenizou alunos, pais e representantes de escolas como “protagonistas deste evento e estamos aqui para celebrar o talento de vocês”. Segundo ele, a premiação dos mais bem classificados nas olimpíadas é uma consequência natural de um processo que envolve milhões de alunos, importantes para o futuro do país.
A solenidade de premiação da Olimpíada Nacional de Ciências MCTI - ONC 2022 contou com também com as participações do vice-reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Viriato Campelo, e da gerente-executiva da Área de Comunicação e Marcas da Petrobrás, Fernanda Bianchini Egert.