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Mais antiga unidade de pesquisa do MCTI, Observatório Nacional celebra 195 anos

Cerimônia contou com pronunciamentos, palestras e descerramento de placa

Publicado em 10/11/2022 16h28 Atualizado em 03/01/2023 11h12

Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)

O Observatório Nacional, unidade de pesquisa do MCTI, iniciou a celebração dos seus 195 anos, em uma cerimônia nesta quinta-feira (10), com presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Paulo Alvim. A instituição sediada no Rio de Janeiro (RJ) relembrou os avanços científicos nas áreas de Astronomia e Astrofísica, Geofísica, Tempo e Frequência e destacou os desafios para o futuro.

Em discurso, o ministro Paulo Alvim disse que a instituição é um patrimônio do Rio de Janeiro e desejou vida longa ao ON. "Das unidades de pesquisa do MCTI, o Observatório Nacional é a mais antiga. É uma lista muito grande de pessoas que fizeram o ON se tornar o que é hoje. Falando como carioca, o Observatório é um patrimônio do Rio. As crianças vêm aqui e se encantam pela ciência", descreveu.

O diretor do Observatório Nacional, Jailson Alcaniz, agradeceu ao corpo de pesquisadores e funcionários da instituição pela data. "Hoje é um dia de celebração. Este instituto se tornou estruturado e com grande inserção nacional e internacional em suas áreas de atuação, e desempenha sua missão com muita propriedade na sociedade brasileira", frisou.

A celebração também contou com palestras sobre a história do Observatório Nacional e o protagonismo da entidade no cenário científico nacional e internacional além de homenagens ao Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) e o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), unidades de pesquisa que tiveram sua origem no ON. O ministro também descerrou uma placa comemorativa dos 195 anos.

História

Uma das mais tradicionais instituições de pesquisa do país, o ON foi fundado em 15 de outubro de 1827, apenas cinco anos após a independência do Brasil. Hoje é referência nas áreas de Astronomia e Astrofísica, Geofísica, Tempo e Frequência, Capacitação Institucional e Popularização da Ciência.

Desde a sua fundação, o ON presta serviços relevantes para o país, como as expedições para a escolha do local onde seria construída a nova Capital (1892 e 1894) e para a demarcação da fronteira do Brasil com a Bolívia (1901). Outro exemplo foi a criação em 1909 da Diretoria de Meteorologia, que ficou subordinada ao ON até 1921 e foi responsável pela implantação da rede de estações meteorológicas no país. O ON ainda participou da expedição para observar o eclipse solar de Sobral (CE) em 1919, expedição que forneceu as primeiras evidências observacionais da Teoria da Relatividade de Einstein.