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Especialistas do Brasil e Estados Unidos promovem debate sobre pesquisa e monitoramento do oceano
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Coordenação-geral de Oceano, Antártica e Geociências, e a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados Unidos realizam, até a próxima sexta-feira (18), o workshop ‘Diálogos sobre Monitoramento e Pesquisa Oceânica’. Ao longo de três encontros, serão apresentados sistemas norte-americanos e brasileiros de monitoramento do oceano e de regiões.
Sistemas de monitoramento do oceano, executados por meio de sensoriamento remoto ou modelagem in situ, informam dados essenciais, como temperatura, salinidade, acidificação, poluição. Essas informações são utilizadas para definição e acompanhamento de políticas setoriais de agricultura, modelagem climática e meteorológica, segurança de uso dos recursos do mar, segurança alimentar e qualidade ambiental, entre outros usos.
Na abertura do workshop, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, destacou o esforço realizado pela pasta ministerial na agenda de oceano e os principais objetivos alcançados, como a criação do Instituto Nacional do Mar. As principais iniciativas científicas brasileiras para coleta, controle de qualidade e distribuição operacional de dados oceânicos, além do monitoramento climatológico e oceanográfico das regiões sul e tropical do Atlântico estão sob o Programa Ciência no Mar MCTI.
“Estamos aprimorando o monitoramento do oceano no Brasil, por exemplo, com a construção inovadora de um sistema de monitoramento e detecção de óleo no mar. Isso tem sido feito com cooperação nacional e internacional. Com este evento, queremos compartilhar experiências com países que também investem no avanço da ciência oceânica para debater desafios e buscar novas soluções”, afirmou Morales.
Em seu discurso na abertura da sessão, a cientista-chefe da NOAA, Sarah Kapnick, destacou que aprimorar o conhecimento dos fenômenos oceânicos, considerando o contexto de mudanças climáticas, é fundamental, e que nenhum país consegue executar esse monitoramento de modo independente.
Kapnick mencionou a cooperação em torno da Rede de Boias Ancoradas para Previsão e Pesquisa no Atlântico Tropical’ (PIRATA, na sigla em inglês), que atingiu a marca de 25 anos em 2022, e a assinatura da Aliança de Pesquisa e Inovação de Todo o Oceano Atlântico, celebrada no primeiro semestre deste ano.
“A NOAA permanece orgulhosa de trabalhar com o MCTI no monitoramento e na pesquisa oceânica em uma parceria que reflete os interesses científicos e ambientais dos Estados Unidos e do Brasil e se baseia em nossa história de colaboração. Nossas observações conjuntas nos ajudam a entender e prever as interações oceano-atmosfera no Oceano Antártico que afetam o clima regional e a variabilidade climática, agregando valor para ambos os países", avaliou Kapnick.
Programação – O primeiro painel, apresentado pelo professor Segen Estefen, abordou os esforços para o monitoramento oceânico a partir da perspectiva do Instituto Nacional de Pesquisa Oceânica (INPO). Na sequência, o diretor da divisão de Monitoramento e Observação Oceânica da NOAA, David Legler, discorreu sobre as contribuições do Atlântico para o Sistema Global de Observação Oceânica, mencionando os resultados do projeto PIRATA.
Confira a programação completa neste link.
O workshop tem transmissão ao vivo no canal Ciência no Mar, e ficará disponível no canal.