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Seminário debate inserção do Brasil na economia do “novo espaço”
Foto: Marcelo Camará (SEAPC / MCTI)
A inserção do Brasil na economia do “novo espaço”, a era da exploração orbital, foi tema de um painel promovido pela Escola Superior de Defesa (ESD), nesta quinta-feira (6), com a participação de representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Ministério da Defesa. As autoridades destacaram as principais ações e esforços que vêm sendo implementados para alavancar a atuação do país em todos os segmentos da atividade espacial.
Durante o painel, o ministro do MCTI afirmou que o setor espacial é estratégico e o Brasil tem diferenciais competitivos, mas é preciso estabelecer uma política de estado para que o país se torne um player relevante nessa nova fronteira de negócios no mercado internacional.
Segundo ele, o espaço é uma das principais fronteiras do conhecimento no futuro, alavancadas pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), e o país tem muito a oferecer. O desafio no momento no país, apontou, é atuar de forma convergente para deslanchar na área espacial.
Na mesa-redonda, os participantes lembraram que o setor espacial representa um mercado bilionário e está presente em diversas aplicações do nosso dia a dia como, por exemplo, nas previsões meteorológicas e nos aplicativos de geolocalização. Além disso, atividades da economia 4.0 ou economia digital precisam de serviços do setor espacial. Como desafio estratégico do país foi destacada a necessidade de investimento na formação de capital humano para atuar no setor.
Centro Espacial de Alcântara
Como vantagens competitivas do Brasil na área espacial, de acordo com os painelistas, estão as janelas de lançamento de satélites, como o Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O presidente da AEB lembrou as condições benéficas do centro, que incluem a localização geográfica e clima estável. Além disso, ressaltou a capacidade do Brasil de desenvolver satélites e aplicativos com aplicações espaciais. Segundo ele, discutir a economia espacial abrange pesquisa, desenvolvimento, criação de oportunidades e a inserção do Brasil nessa cadeia global de valor.
Para representantes do Ministério da Defesa, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão é suficiente para as pretensões espaciais do Brasil para os próximos anos. Eles alertaram, no entanto, que a inserção do Brasil na economia do novo espaço também precisa de um ambiente regulatório adequado e mão de obra qualificada. Os participantes do evento receberam um certificado de participação.