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Em Buenos Aires, MCTI apresenta experiência brasileira com cidades sustentáveis
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) apresentou nesta terça-feira (25), em Buenos Aires, na Argentina, a experiência brasileira para promover a sustentabilidade nas cidades brasileiras por meio de tecnologias inovadoras e planejamento urbano integrado. A exposição sobre o projeto multilateral CITinova, que tem ações nas cidades de Brasília, Recife, Belém, Teresina e Florianópolis, foi realizada na Academia de Cidades - UrbanShift. O treinamento com foco em planejamento urbano reúne cerca de 50 participantes de 6 países da América Latina e do Caribe.
O crescimento desordenado das cidades é um desafio para a sustentabilidade ambiental global. Dados indicam que as cidades ocupam em torno de 3% da superfície terrestre. No entanto, abrigam 53% das pessoas no mundo, ou seja, mais de 4 bilhões de habitantes, consomem mais de dois terços do fornecimento global de energia e estão associadas a mais de 70% das emissões globais de carbono.
No Brasil, de acordo com o IBGE, cerca de 85% da população vive em áreas urbanas.
O MCTI é instituição executora do CITinova, por meio da Coordenação-Geral de Ciência e Biodiversidade da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (CGBI/MCTI). Na primeira fase, o projeto de cooperação internacional foi implementado nas cidades de Brasília e Recife. As ações financiadas pelo Fundo Global do Meio Ambiente (GEF6) tinham por objetivo reduzir diretamente 3,8 milhões de toneladas de emissões de CO2, por meio de investimentos em tecnologias inovadoras; promoção do planejamento urbano sustentável e integrado, e criação de plataformas de conhecimento, contendo indicadores e bases de dados de soluções inovadoras. Neste ano, com apoio do GEF-7, o CITinova II está ampliando a área de atuação, incluindo as áreas metropolitanas de Belém, no Norte do país; Teresina, no Nordeste; e Florianópolis, no Sul.
De acordo com a coordenadora do CITinova, Ana Lúcia Stival, que representa o MCTI na Academia de Cidades, a proposta do projeto é gerar evidências sobre a viabilidade econômica, social e ambiental de projetos urbanos sustentáveis e disponibilizar os dados para gestores públicos e a sociedade em uma plataforma nacional. O projeto também pretende fortalecer e mobilizar instrumentos financeiros para o desenvolvimento urbano sustentável operados por instituições financeiras nacionais.
O MCTI desempenha um papel central na capacitação das cidades para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas, bem como para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. A pasta ministerial coordena todos os projetos do GEF de mitigação climática no país. Entre as ações desenvolvidas estão as projeções de cenários de emissões que apontam os setores prioritários e as tecnologias-chave para cumprir as metas de mitigação. Além disso, apoia a Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), que envolve instituições dedicadas ao avanço da pesquisa sobre mudanças climáticas, fornecendo insumos para as cidades formularem políticas sustentáveis baseadas em evidências.
Academia de Cidades - Os treinamentos da Academia de Cidades até a próxima quinta-feira (27) serão dedicados aos temas de Biodiversidade Urbana e Bairros Verdes e Prósperos. Além de apresentações de especialistas, exercícios interativos e compartilhamentos de experiências, também está prevista uma visita de campo à Reserva Natural Urbana de Morón, com o objetivo de demonstrar os esforços de conservação da biodiversidade e integração de bairros na região metropolitana da capital argentina
A iniciativa é financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e organizado pelo World Resources Institute (WRI) em colaboração com o Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Argentina (MAyDS) e Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Também participam representantes dos governos nacionais da Argentina, Brasil, Costa Rica, México, Paraguai e Peru.