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MCTI participa de palestra na Escola Superior de Guerra no Rio de Janeiro
Foto: Neila Rocha ( SEAPC/MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) participou nesta sexta-feira (16) de evento na Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro (RJ), onde o ministro da pasta palestrou sobre as políticas e estratégias do MCTI e seus reflexos para segurança nacional, para 174 alunos do curso de Altos Estudos da Escola-Maior do Exército, sendo 31 Civis, 131 Militares das Forças Armadas, e 5 militares de Nações Amigas (Argentina, Camarões, Índia, Paquistão e Togo).
O subcomandante da Escola Superior de Guerra do Rio de Janeiro abriu o evento dando destaque para o papel da ciência no país e o papel das forças armadas junto à sociedade civil e declarou que o curso consiste em preparar militares e civis para atuarem na área de defesa do país com planejamentos estratégicos para atuação de forma conjunta.
O ministro abriu sua palestra falando sobre a linha do tempo da ciência e tecnologia no Brasil, e disse que o país tem cerca de 40 instituições centenárias que têm feito ciência com compromisso de melhoria da vida da população. Segundo ele, o Brasil tem uma base de infraestrutura de excelência na América do Sul, que é referência na ciência e tecnologia, e isso coloca a ciência brasileira em nível elevado no mundo.
Já no campo da agricultura o representante da pasta disse que em 50 anos o Brasil saiu de uma monocultura e hoje oferece alimento para cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, e tudo isso se deve ao esforço da ciência e tecnologia do país pensada para a diversidade nos 6 biomas do país, voltada também à sustentabilidade.
Durante o encontro foi destacada a importância do fortalecimento e desenvolvimento da tecnologia nuclear tanto na saúde como na agropecuária, estabelecendo novas fronteiras de conhecimento. A ciência, tecnologia e inovação, são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento econômico para geração de emprego e renda. O desenvolvimento de qualquer país está ligado ao investimento para aplicação de capital no setor de inovação, pesquisa e capacitação cientifica, e para que a defesa nacional para ser desenvolvida precisa estar associada ao desenvolvimento cientifico e tecnológico, e as forças armadas precisam do emprego de avançadas tecnologias, para uma melhor capacitação nuclear, cibernético e nuclear.
Outro aspecto importante demonstrado no evento foio fortalecimento das infraestruturas de pesquisa ao longo de 70 de anos, área que precisa de investimentos para o fortalecimento da ciência no Brasil. Hoje se tem uma legislação na área de ciência e tecnologia que dá segurança jurídica e garantias para investimentos. O país tem avançado muito, e esse processo regulatório está em crescimento. O desafio da transformação da nação está na ciência e tecnologia, com uma base diferenciada e agregadora. O Brasil é o 13º país em produção científica reconhecida em padrões internacionais.
O sistema nacional de ciência e tecnologia vem se fortalecendo nas últimas duas décadas, isso permitiu unir os atores em escala municipal, estadual e federal. Com o trabalho em rede, ampliou-se os pontos das teias da ciência e tecnologia no país, e a percepção que a ciência e tecnologia saiu de um ponto e se espalhou pelo país, se materializando por um ecossistema produtivo e tecnológico, que tende a crescer cada vez mais no Brasil. A nova realidade do país mostra que as regiões que têm investimento em ciência e tecnologia, por meio de instituições de ensino e entidades empresariais e através de startups, têm promovido um diferencial para o desenvolvimento de ciência e tecnologia.
Hoje a marca do país está centrada em um ecossistema robusto, e o Brasil tem uma base única no mundo, para avançar ainda mais na produção tecnológica. O desafio é o capital humano, ou seja, a capacitação de pessoas em áreas estratégicas, que irão transformar mundo com ciência e tecnologia. Foi destacado ainda pelo ministro cinco áreas fundamentais para o país que são: segurança alimentar; segurança energética; segurança hídrica; tecnologia da informação e comunicação e biossegurança. Além de duas áreas que são as novas fronteiras do conhecimento: mar e espaço.