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MCTI conhece iniciativas da Fundação Biominas para acelerar o desenvolvimento tecnológico na área de biotecnologia
Foto: Marcelo Camará (SEAPC / MCTI)
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica, conheceu nesta quarta-feira (28) as iniciativas empreendidas pela Fundação Biominas na construção de negócios de sucesso e criação de ambientes de inovação em ciências da vida e biotecnologia no Brasil. Nesse sentido destaca-se a oferta de cursos de formação empreendedora, tecnológica, corporativa e pensamento estratégico em inovação, para treinar os pesquisadores na criação e gerenciamento de projetos e negócios promissores, especialmente da área de biotecnologia. A instituição atua há mais de 30 anos na conexão entre pesquisadores e mercado, por meio de incubadoras e aceleradoras de startups.
Além disso, a fundação pretende criar uma plataforma para disponibilizar os cursos e ofertá-los de modo gratuito para atingir o maior número possível de usuários. A ideia é incrementar a pós-pesquisa, ou seja, que os resultados alcançados nas bancadas dos laboratórios possam ser objeto de produtos e serviços, alcancem escala comerciam e possam gerar desenvolvimento. A instituição também tem planos de gerar base de dados sobre o setor de biotecnologia no País.
O MCTI estabeleceu em 2021 a Iniciativa Brasil-Biotec que reúne atores da academia, iniciativa privada e entidades representativas, tem, entre outros objetivos, promover o avanço e o fortalecimento científico, tecnológico e a inovação nacional relacionados à biotecnologia e estimular o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias e a transferência de conhecimentos e tecnologias da academia para os setores público e privado. A proposta é criar um ambiente propício para incentivar o ciclo completo de pesquisa em biotecnologia e inovação.
De acordo com o secretário SEPEF, é necessário dar fluxo ao processo pós-geração do conhecimento. Para ele, o ecossistema de ciência está organizado para atingir o objetivo de produzir conhecimento por meio da pesquisa científica. O que é necessário neste momento é construir um ambiente complementar, que envolva outros atores, para transformar as descobertas em desenvolvimento.
Como exemplo, o secretário citou o trabalho com o patrimônio genético da biodiversidade nacional. Nos laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), cerca de 10 mil moléculas da biodiversidade brasileira estão em estudo. As pesquisas buscam identificar propriedades antifúngicas, antibacterianas, entre outras, que possam oferecer novos produtos à indústria.
O assunto voltará a ser debatido na reunião da Iniciativa Brasil-Biotec.