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MCTI debate projetos de megaciência e cooperação em ciência e tecnologia no âmbito do BRICS
Sírius está cadastrado na plataforma BRICS GRAIN. Divulgação CNPEM/MCTI
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) debate a partir desta terça-feira (23) a cooperação científica em projetos de megaciência no âmbito do BRICS, que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Esta é a quarta reunião grupo de trabalho sobre Infraestruturas de Pesquisa e Projetos de Megaciência.
O grupo de trabalho se concentra em promover cooperação que possibilite a utilização de infraestruturas de larga escala, incentivar iniciativas que ofereçam contribuições efetivas para implementação de projetos de megaciência e criar instalações para encontrar soluções científicas de ponta nas atividades de pesquisa aplicada e básica.
Até quarta-feira (24), os representantes dos ministérios de ciência e tecnologia dos cinco países discutem formas de cooperação, incluindo um plano estratégico para a área. Além disso, estão na pauta mecanismos para aprimorar a plataforma construída em conjunto em 2018 (BRICS GRAIN -Global Research Advanced Infrastructure Network) com a finalidade de compartilhamento de infraestrutura em projetos de cooperação de longa duração, de 2023 a 2027. Atualmente, 20 infraestruturas estão cadastradas, sendo cinco brasileiras.
Em seu discurso, o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI destacou que a ciência desempenha papel fundamental no fortalecimento da cooperação internacional, em especial para enfrentar desafios globais contemporâneos, que não reconhecem fronteiras geopolíticas e não incentivam soluções isoladas. A construção de soluções envolve o compartilhamento de instalações de pesquisa e co-financiamento. O secretário destacou ainda que o Brasil dispõe de relevantes parcerias internacionais na área de ciência e tecnologia e a parceira no âmbito do BRICS acrescenta elementos e oportunidades relevantes.
Na sessão reservada para que os países informassem a atualização acerca das políticas sobre infraestruturas de pesquisa, o secretário do MCTI destacou os investimentos recentes efetuados pela pasta ministerial para capacitação e formação de recursos humanos, modernização da infraestrutura laboratorial de universidades e centros de pesquisa, que são responsáveis pelos principais indicadores científicos. O secretário destacou ainda que o Brasil incorporou nas políticas de ciência e tecnologia brasileiras a Agenda 2030 que contempla os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
Entre os investimentos em infraestrutura efetuados pela pasta, o secretário lembrou os recursos na ordem de R$150 milhões aplicados na recuperação, manutenção e aquisição de equipamentos e R$34 milhões para ampliar a rede brasileira de laboratórios de biossegurança. Além disso, informou que o País aprovou a construção de um laboratório de biossegurança de nível 4. O secretário relatou que o MCTI criou a Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa (PNIPE). A base digital nacional de dados de infraestrutura de pesquisa permite identificar e verificar a disponibilidade de uso de equipamentos e laboratórios brasileiros.
Neste ano, o secretário afirmou o MCTI está investindo R$1,2 milhões para apoiar pesquisas no Sistema de Laboratórios Satélites da Amazônia (SALAS), R$ 8 milhões para a Torre de ATTO, também na Amazônia, e R$8,5 milhões para a construção do módulo Criosfera 2, que será instalado no continente antártico.