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MCTI apresenta investimento do FNDCT e estratégia de vacinas contra Covid em congresso de biologia experimental
As ações de pesquisa, desenvolvimento e inovação no combate à Covid-19 empreendidas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da RedeVírus, e o papel das sociedades científicas e das fundações de amparo à pesquisa dentro do contexto do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico foram abordadas durante a Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) na semana passada. Os painéis foram apresentados pelo secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF/MCTI).
De acordo com os dados apresentados, o FNDCT é o mais importante instrumento de financiamento para implantação e consolidação institucional da pesquisa e da pós-graduação nas instituições de pesquisa brasileiras e de expansão do sistema de ciência e tecnologia nacional.
A governança do Fundo, os comitês gestores dos fundos setoriais e das ações verticais também foram detalhados. Para 2022, foram aprovadas 76 chamadas que estão em processo de elaboração e/ou com editais abertos. No total, serão R$3,2 bilhões de recursos disponíveis para as chamadas, cujos projetos terão execução no período de 2022 e 2025.
Durante o painel, o secretário detalhou algumas das iniciativas das SEPEF/MCTI que foram apresentadas aprovadas no âmbito do FNDCT. No biênio 2021-2022, projetos para a área agropecuária somam R$180,1 milhões e envolvem biosumos, cadeias produtivas da bioeconomia, ecossistema de inovação, PronaSolos e Rede FertBrasil, entre outros.
As chamadas públicas na área de biotecnologia para este ano somam R$96 milhões em investimentos. Os editais da área já foram publicados, como é o caso de novas ferramentas e tecnologias para bioinformática, e de biotecnologia aplicada aos temas atuais de saúde humana, agropecuária, meio ambiente e indústria.
Também foram detalhados os investimentos para clima e sustentabilidade, oceano e Antártica , ciências humanas e sociais e capacitação em recursos humanos para atuação em ambientes de alto nível de contenção biológica .
Somados os investimentos no biênio 2021-2022 para a área de pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde, o FNDCT aportou R$621,1 milhões em projetos como ensaios clínicos para vacina para Covid-19, Covid longa , doenças raras , negligenciadas e crônicas não transmissíveis, resistência antimicrobiana .
RedeVírus MCTI e vacinas nacionais – Em outro painel, a SEPEF apresentou as estratégias adotadas pelo MCTI no âmbito RedeVírus MCTI para o enfrentamento da Covid-19. As ações envolveram a implementação de redes de sistemas de vigilância epidemiológica, por meio de águas residuais e de monitoramento de animais silvestres (Rede Previr), desenvolvimento de testes de diagnóstico nacionais e laboratórios de campanha, sequenciamento em larga escala do genoma SARS-CoV2 circulante no País, estruturação de biobanco de amostras desse vírus, impactos econômicos e sociais causados pela pandemia, além do desenvolvimento de vacinas.
O MCTI também financia dez projetos com 15 diferentes estratégias para vacinas, cinco delas foram qualificadas para receber financiamento público para realização dos ensaios clínicos de fases I e II. Uma delas recebeu aval da Anvisa para o início dos ensaios clínicos, a RNA MCTI CIMATEC HDT. Para realização dos ensaios clínicos de Fase III, está aberta uma chamada pública de subvenção econômica no valor de R$310 milhões para as vacinas que receberem a autorização da Anvisa.
Sobre a FeSBE - A FeSBE congrega 22 sociedades associadas e tem o objetivo difundir conhecimentos científicos e fazer-se representar junto às autoridades governamentais. A reunião deste ano foi realizada em conjunto com a LVII reunião anual da Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis - Sociedade Fundadora da FESBE) e a I reunião anual da recém-criada Sociedade DOHaD (Origens Desenvolvimentistas da Saúde e da Doença). O tema central da reunião deste ano debateu ‘Ciência e Tecnologia, Caminhos para a Independência’.