Notícias
Boletim de vigilância genômica do Sars-CoV-2 aponta mudanças no perfil epidemiológico do vírus
O boletim de número 20 da Rede Corona-Ômica.Br-MCTI, publicado nesta semana (26), aponta demonstram mudanças no aparecimento de sublinhagens de Sars-CoV-2 que podem ter impacto na epidemiologia da Covid-19.
Os dados de sequenciamento demonstram que ao longo do período analisado predominou a circulação da variante BA.2 em 69,6% das amostras, seguido pela variante XAG recombinante com 8,1%. O Laboratório de Bioinformática Aplicada a Microbiologia Clínica (LABIOMIC), na Universidade Federal de Santa Maria, analisou 382 amostras clínicas no período entre 1 de abril até 22 de junho.
No entanto, de acordo com o coordenador da Rede Corona-Ômica, dados recentes do estado do Rio Grande do Sul indicam que a variante BA. 5 e suas sublinhagens estão avançando e devem preponderar sobre a BA.2. O cenário é semelhante ao que já está ocorrendo no Brasil e no Mundo.
As informações dos boletins da Corona-Ômica podem embasar autoridades sanitárias na tomada de decisões a respeito de medidas de prevenção e controle da doença, salientando a importância da constante vigilância genômica do vírus, sobretudo em nível local, em que o tempo de resposta pode ser reduzido devido à logística.
A vigilância genômica do vírus é importante, pois podem ocorrer mutações e recombinações que possibilitem novas linhagens mais resistentes.
O projeto Corona-Ômica.Br-MCTI estabelece uma rede de laboratórios descentralizados para captação e sequenciamento genômico de amostras de Sars-CoV-2. A rede oferece suporte também aos estudos de transcritômica de forma a acompanhar a evolução vírus no Brasil, bem como as características ligadas à severidade da infecção em pacientes brasileiros. A partir dessas análises, é possível identificar mutações associadas à virulência e até mesmo a busca de potenciais estratégias terapêuticas.
Acesse o boletim neste link.