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Boletim da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI indica reinfecção por diferentes linhagens da variante Ômicron
Um boletim da Rede Corona-ômica.BR-MCTI, que promove a vigilância genômica das variantes da Covid-19 no Brasil, publicado em 5 de julho, apontou um caso de reinfecção pela doença por meio de diferentes linhagens em menos de um mês. Um paciente de 52 anos, residente em Canoas (RS), foi detectado com a linhagem BA.1.1 em uma coleta feita em 23 de maio, e reinfectado com a linhagem BA.2 em uma amostra de 8 de junho.
O material foi analisado pela Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale. O relatório da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI relata que um estudo recente, realizado na Dinamarca, mostrou que a BA.2 tem capacidade de reinfectar em um curto intervalo, entre 20 a 60 dias, após infecções iniciais.
O estudo promoveu o sequenciamento genômico de 84 amostras de SARS-CoV-2, coletadas entre outubro de 2021 e junho de 2022, em moradores seis municípios do Rio Grande do Sul e em viajantes que cruzaram a fronteira entre o Brasil e a Argentina.
Os dados demonstram que a variante Ômicron, composta pelas subvariantes 21K (BA.1), 21L (BA.2), 22A (BA.4), 22B (BA.5) e 22C (BA.2.12.1), é predominante no país desde janeiro de 2022. Os dados recentes destacam a substituição da linhagem BA.1 pela BA.2 e um aumento na detecção da linhagem BA.5 e recombinantes entre os meses de maio e junho. O relatório aponta que as linhagens BA.4 e BA.5 já são as predominantes nos Estados Unidos.
O boletim conclui que as mudanças no padrão de linhagens salientam a importância da constante investigação genômica do coronavírus. Os dados foram disponibilizados em bases de dados nacionais e internacionais.