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Participação do MCTI na Bio Convention contribui na organização do ecossistema brasileiro de terapias avançadas
A participação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no principal evento global de biotecnologia permitiu estabelecer e estreitar contatos com diversos atores internacionais para acelerar o desenvolvimento de terapias avançadas no Brasil. A Bio International Convention 2022, realizada em San Diego, na Califórnia, entre 13 e 16 de junho, reuniu governos, empresas, instituições de pesquisa, startups, entre outros, criando um ecossistema único de discussão sobre pesquisa, desenvolvimento e inovação.
“É um evento que propicia um ambiente favorável para o debate sobre a área de biotecnologia. O MCTI conversou com diversas startups, em especial as brasileiras, que trabalham com mapeamento genético, biodiversidade brasileira”, exemplificou o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, que participou do evento acompanhado do coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias, Thiago Moraes.
Terapias avançadas são consideradas uma promessa terapêutica importante para o tratamento de enfermidades complexas e sem alternativas médicas disponíveis, como doenças raras e novos tumores. Envolvem terapias gênicas, células tronco e nanotecnologia aplicada à saúde. Os produtos para terapias avançadas são biológicos e obtidos a partir de células e tecidos humanos que foram submetidos a um processo de fabricação, por exemplo. Ainda há desafios para o desenvolvimento de mecanismos de controle de qualidade e segurança.
Os representantes da pasta realizaram reuniões bilaterais com diversas empresas, startups e pesquisadores do setor com o objetivo de promover o desenvolvimento da biotecnologia nacional, em especial no campo das terapias avançadas. O ministério trabalha na organização desse sistema para que o Brasil possa desenvolver um ecossistema em torno do tema e consiga desenvolver novos tratamentos para a população brasileira, principalmente em oncologia e doenças raras.
A expectativa com os contatos estabelecidos é promover melhorias no processo de trabalho, principalmente nas ações relacionadas ao desenvolvimento de tecnologias para alcançar o escalonamento de produção industrial para produtos biotecnológicos no Brasil, que envolvem as terapias avançadas, vacinas, anticorpos monoclonais, entre outros.
“Vamos trabalhar com pesquisa e inovação para tentar entregar produtos para a produção industrial e que possam chegar aos brasileiros”, afirmou Morales.
Na programação, o MCTI também conheceu, na Universidade da Califórnia, o laboratório que pesquisa doenças neurodegenerativas, que é coordenado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri.