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Ministro do MCTI ressalta papel da inovação para desenvolvimento sustentável da Amazônia
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, defendeu a importância de transformar o conhecimento cientifico e tecnológico em inovação e desenvolvimento sustentável para a Região Amazônica, durante a solenidade de abertura da “4ª Conferência Internacional sobre Processos Inovativos na Amazônia: Interfaces entre ICT, Empresários e Investidores”, nesta terça-feira (14).
O evento, realizado no formato híbrido, é organizado pelo Arranjo de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Ocidental (AMOCI) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA/MCTI), com atividades de conteúdo online e atividade presencial em Manaus (AM), na Incubadora do INPA/MCTI.
Para o ministro do MCTI, o desafio dos processos inovativos na Região Amazônica é fazer a interação da ciência e da tecnologia com os saberes tradicionais. “O grande desafio é esse. Não desprezar os saberes tradicionais e construir uma ciência que contribua decisivamente com o desenvolvimento inclusivo e sustentável, com geração de riquezas para os povos da região”, afirmou.
Paulo Alvim destacou o papel fundamental dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) na proteção e difusão do conhecimento na Amazônia. Segundo ele, os NITs permitem trocas de experiências e geram oportunidades para o desenvolvimento da região. “Esse evento é uma oportunidade para apoiar a inovação, trazer conhecimento, mas principalmente para apoiar novos modelos de negócios que contribuam decisivamente para o crescimento inclusivo e sutentável”, reforçou.
O ministro também destacou a atuação das unidades vinculadas ao MCTI na região: INPA, Museu Goeldi e Instituto Mamirauá. Como ações do ministério para a Amazônia, citou o anúncio, realizado na semana passada, de investimentos da ordem de R$ 380 milhões em projetos de apoio à pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico na região amazônica em 2022.
“Precisamos de uma Amazônia sustentável, mas desenvolvida, baseada em conhecimento científico e tecnológico, em um esforço que responde aos novos desafios pós-pandemia. Já fizemos muito pela Amazônia nos últimos três anos e ainda vamos fazer muito mais”, garantiu Paulo Alvim.
Leis e fomento
Durante a conferência, o ministro também proferiu palestra sobre o tema “Futuro da inovação pós pandemia: quais as novidades?” Durante a apresentação, Paulo Alvim destacou instrumentos legais e de fomento disponibilizados pelo Governo Federal, por meio do MCTI, para estimular a inovação no Brasil e na Região Amazônica.
Entre as iniciativas, destacou os investimentos oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que neste ano conta com o orçamento previsto de R$ 4,5 bilhões em recursos não reembolsáveis. Segundo o ministro, os investimentos abrangem iniciativas de apoio a instituições de ensino e pesquisa, empreendedorismo, infraestrutura e formação de capital humano. “ O desafio é garantir o fluxo continuado do repasse dos recursos”, afirmou.
Em sua 4ª edição, a 4ª Conferência Internacional sobre Processos Inovativos na Amazônia tem por finalidade capacitar os participantes, bem como estudantes, gestores, empresários, entre outros, em temas relacionados à cultura e a prática da propriedade intelectual, da transferência de tecnologia, do empreendedorismo e da Inovação no âmbito das instituições públicas e privadas de ensino e pesquisa da Amazônia e investidores, além de absorver experiências de outros países.
A solenidade de abertura do evento contou com a participação do subsecretario de Unidades Vinculadas ao MCTI, Alex Magalhães, da diretora- presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Márcia Perales, da dretora do INPA, Antonia Franco, e da coordenador do Arranjo Amoci, Noélia Falcão, entre outros participantes e convidados.