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Tecnologias sociais são tema de encontro de núcleos de inovação da Amazônia
Os 36 núcleos de inovação tecnológica que representam a Rede da Amazônia Ocidental – (AMOCI) e a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Amazônia Oriental (REDENAMOR) participaram nesta sexta-feira (27) de um encontro para debater tecnologias sociais voltadas para o desenvolvimento sustentável. O evento realizado de modo virtual foi organizado com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Coordenação-Geral de Ciências Humanas e Sociais, pelas unidades vinculadas ao ministério: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
“Esse encontro se insere na agenda de tecnologia social do MCTI, que ocupa lugar estratégico no programa temático Ciência para Transformação Social”, afirmou o secretário de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF) do MCTI, Marcelo Morales. “O desenvolvimento, a aplicação, o monitoramento e a avaliação dos impactos gerados por meio das Tecnologias Sociais são focos do trabalho realizado por esse ministério e devem contribuir para o alcance da sua missão institucional de melhorar a qualidade de vida da população brasileira”, complementou.
A tecnologia social é o nome dado às ferramentas, que podem ser metodologias ou soluções desenvolvidas em conjunto com a comunidade beneficiada, que buscam solucionar um problema, um desafio ou um anseio de determinado local. O objetivo maior é possibilitar a melhoria da qualidade de vida por meio de soluções de baixo custo. Exemplos dessa aplicação podem ser métodos podem envolver soluções para coleta e armazenamento da água da chuva e tratamento da água que previne diversas doenças.
Recentemente o MCTI publicou portaria instituindo o ‘Comitê de Especialistas em Tecnologia Social’, um fórum de assessoramento técnico-científico que estabelece um espaço de diálogo entre a SEPEF e especialistas no assunto. O trabalho em rede é uma política de gestão da pasta.
O evento foi uma oportunidade para apresentar o programa Tecnologias Sociais na Amazônia – Agenda 2030 coordenado pelo MCTI. Trata-se de uma encomenda do MCTI ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), executada pelas unidades vinculadas INPA, MPEG e IDSM. Foram apresentados os objetivos, a relevância da iniciativa no campo das tecnologias sociais, os pontos focais nas instituições responsáveis pela execução do projeto e as parcerias institucionais. A ideia é fortalecer a articulação das instituições integrantes das redes amazônicas como atores na gestão da inovação e do desenvolvimento e aplicação de tecnologia social. Por meio do programa, espera-se disseminar as atividades de tecnologia social, além da promoção de engajamento entre pesquisadores e sociedade para os desenvolvimentos técnico e científico, entre outros aspectos. Espera-se que essa metodologia interativa e participativa de construção e apropriação de conhecimentos que contribuam para a redução das assimetrias regionais.
Nesse contexto, os Núcleos de Inovação Tecnológica são estruturas instituídas por uma ou mais Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação que tenha por finalidade a gestão de política institucional de inovação. Eles são responsáveis pela promoção, utilização do conhecimento e uso de novas tecnologias oriundas de universidades e institutos de pesquisa. Muitos dos NITs acabam exercendo atividades que vão além da gestão de propriedade intelectual e transferência de tecnologia, podendo abranger também atividades voltadas para empreendedorismo por meio da gestão de incubadoras de empresas, parques tecnológicos e também ações voltadas para a comunidade em geral, por meio de eventos, parcerias e projetos pautados na demanda do mercado.
Durante o evento foram apresentados pelas unidades vinculadas ao MCTI três exemplos de implementação de tecnologia social. Os núcleos de inovação tecnológica tiveram oportunidade de compartilhar as experiências sobre o trabalho que têm realizado.