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América Latina e Caribe
Profissionais de saúde de 12 países fazem curso prático de preparação para eventos de contaminação
Fotos: Wesley Sousa - ASCOM/MCTI
Após três dias de cursos teóricos, foi realizada nesta quinta-feira (26) a parte prática do Curso de Aspectos Médicos de Assistência e Proteção para Países da América Latina e Caribe. O curso foi realizado em um ambiente controlado no Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), no Rio de Janeiro. Os profissionais de saúde de 12 países foram expostos a situações que simularam eventos de contaminação por agentes químicos. O objetivo final dos alunos foi conter o alastramento de agentes contaminantes e dar atendimento as vítimas que foram expostas.
O treinamento foi coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores, e também teve o apoio da Escola de Instrução Especializada (EsIE) do Exército Brasileiro.
De acordo com o coronel da Força Aérea Brasileira (FAB) Heitor Castro Junior, o curso preparou os profissionais de saúde para ações reais e, assim, eles estarão mais bem preparados para agir de forma adequada numa possível situação de incidente químico em seus países. “A aula prática é a parte mais importante do curso, pois na parte teórica eles não conseguem encontrar esses desafios, é a cereja do bolo, e isso não tem em nenhum outro lugar”, declarou.
O assessor da Área Temática de Implementação e Acompanhamento e Controle na Área Química da Coordenação de Bens Sensíveis (CGBS) do MCTI, coronel Roberto Barbosa Sousa, ressaltou a importância da parte prática para que os profissionais saibam atuar de maneira correta diante de uma contaminação.
“Com as atividades práticas os alunos puderam perceber a importância dos Equipamentos de Proteção Individual para a segurança e saúde deles ao mesmo tempo que aprenderam as dificuldades que esses EPIs trazem para a realização dos procedimentos médicos. Foi uma rara oportunidade de treinamento prático em um ambiente totalmente preparado para simulação de uma emergência com armas químicas ou substâncias tóxicas industriais”, avaliou.
O curso teve como objetivo capacitar os alunos por meio de uma visão integrada e ampla, apresentando critérios e procedimentos de avaliação com realização de técnicas de amostragens e parte prática. Preparados com roupas especiais para a situação risco de contaminantes, os alunos colocaram em prática todo o aprendizado que adquiriram ao longo do curso.
Os alunos receberam instruções teóricas sobre transporte e evacuação de pacientes contaminados, triagem de vítimas químicas e queimaduras por inalação de fumaça. Em seguida, começaram as atividades práticas, com oficinas para treinamentos sobre recebimento de pacientes de aeronaves e ambulâncias, lavagem de pacientes, intubação com uso de equipamentos de proteção individual, simulações clínicas com manequins e dinâmica de retirada de equipamentos de proteção individual.
A parte prática do curso simulou um acidente químico com queimadura em uma determinada localidade com transporte do paciente para o hospital. Com isso, os profissionais receberam o indivíduo e o prepararam para a descontaminação. Em outro momento fizeram um exercício simulando uma pessoa vítima de agente químico. Foi necessário que os alunos desenvolvessem uma dinâmica com o paciente, em um ambiente saturado, devendo identificar o agente químico e dar uma solução para o problema, conforme o que foi aprenderam na capacitação.
O curso termina nesta sexta-feira (27), com a certificação dos profissionais.