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COVID-19
Pesquisadores da RedeVírus MCTI detectam no Brasil, linhagem da Ômicron predominante nos EUA
Pesquisadores do CTVacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), integrantes da RedeVírus MCTI e da sub-rede Corona-Ômica BR-MCTI, encontraram, pela primeira vez no Brasil, pacientes infectados com a linhagem BA 2.12.1 da variante Ômicron da Covid-19. A linhagem é hoje a predominante em circulação nos Estados Unidos.
Por meio de sequenciamento genético de amostras de pacientes infectados, foram encontradas incidências da subvariante em três pessoas contaminadas de Belo Horizonte (MG), que participaram de um evento internacional no Rio de Janeiro na semana passada. O boletim da Rede Corona-Ômica, que promove o sequenciamento genético do vírus em todo o país, pode ser lido no link http://redevirus.mcti.gov.br/wp-content/uploads/2020/06/Informe-CO-no-11.2022-pub.pdf .
O coordenador do CT Vacinas e integrante da RedeVírus MCTI, professor Flávio Fonseca, explica que a variante Ômicron é hoje predominante no mundo inteiro. Nesses casos, o vírus pode passar por pequenas mudanças, o que gera linhagens ou subvariantes.
“Quando essa variante é predominante, ela começa a sofrer pequenas modificações, o que dá a formação de linhagens ou subvariantes. A BA 2.12, que foi identificada em Belo Horizonte, não havia sido detectada no Brasil antes e já é predominante nos Estados Unidos. Isso quer dizer que ela tem alguma vantagem evolutiva de disseminação em relação a outras linhagens. Ainda não há estudos para determinar se ela é mais grave ou mais infecciosa, mas há indícios de que seja, sim, mais infecciosa que outras linhagens da Ômicron”, afirma.
A Rede Corona-Ômica BR-MCTI é composta de pesquisadores de diferentes instituições de pesquisa do Brasil que promovem o sequenciamento genético de amostras do vírus para determinar as variantes em circulação da Covid-19. A rede é um dos braços de atuação da RedeVírus MCTI, comitê composto por especialistas, criado em março de 2020, que determina as estratégias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) no combate ao vírus.