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Ministro do MCTI palestra para comerciantes e profissionais liberais em Águas de Lindóia (SP)
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, palestrou sobre o tema “Ciência, tecnologia e inovações na atualidade”, no último sábado (14), na Conferência da União, em Águas de Lindóia (SP), a convite dos governadores do Rotary do Distrito 4590, Fredson Santos Dally; Distrito 4560, José Carlos Azevedo; e do diretor do Rotary Internacional, Antônio Henrique Vasconcelos.
Cerca de 1.500 pessoas, entre líderes empresariais, comerciários e profissionais liberais de diversas áreas de 273 municípios paulistas e mineiros, assistiram à apresentação do ministro Paulo Alvim, que falou sobre as propostas para o futuro na ciência, e fez questão de destacar que: “não existe país desenvolvido e sustentável sem que haja o fortalecimento da ciência e tecnologia”. E ainda explicou que é preciso investir cada vez mais na capacitação das novas gerações.
O ministro fez referência ao trabalho histórico que o Rotary desenvolve no Brasil e no mundo, mantendo preocupação com o futuro e com os jovens, e lembrou que uma instituição como essa precisa cada vez mais de valorização. “A pandemia nos ensinou o quanto devemos trabalhar juntos”, disse.
“O Brasil é um país privilegiado pela sua biodiversidade, e tornar o Brasil mais justo, passa pela massificação do ensino da ciência e tecnologia”, destacou. “Esse ano nós temos instituições quase que bicentenárias, que foram fundamentais para diversos ciclos econômicos do país. Esse país sempre fez ciência e tecnologia, e nós temos excelentes cientistas que fazem ciência de qualidade. Nós precisamos ter orgulho do que fazemos aqui, e devemos valorizar a popularização da ciência, levar ciência para as crianças, para a população, e é fundamental mostrar isso”, relatou.
Paulo Alvim destacou o uso da vacina contra a Covid-19 no país, e explicou que hoje temos mais de 80% da população vacinada, e que isso deve-se à ciência, por isso, é preciso investir cada mais em ciência, para ter de fato autonomia das vacinas, e não depender exclusivamente das vacinas de fora. “Hoje o setor que virou referência em nosso país é o nosso complexo de vacina com empresas brasileiras que tem total condição de produzir as melhores vacinas do mundo. Saúde é fundamental e temos de ter as nossas soluções”, afirmou.
Foi frisado pelo ministro que a história mostra o quão importante são os pesquisadores do país na saúde, mas se não construímos as nossas soluções, iremos padecer. A ciência e tecnologia que fazemos aqui, segundo ele, vai ajudar o mundo. “Hoje nós temos a melhor ciência e tecnologia do Hemisfério Sul, e a área da saúde é a maior demonstração de que bela ciência fazemos no Brasil”.
Outro ponto destacado por Paulo Alvim é que o Brasil não é somente referência na saúde, mas em todas as áreas, um exemplo é a agricultura. O ministro lembrou que o país não é uma potência do agronegócio por acaso. “Aqui se faz a melhor agropecuária do mundo e, por isso, o mundo demanda do Brasil, nós temos a ciência como referência pois temos pesquisadores empenhados em desenvolver conhecimento”, destacou.
Já em relação ao setor aeroespacial, o ministro afirmou que esse é um dos maiores desafios. “Nós temos soluções diferenciadas e temos a chance de ter a maior empresa aeroespacial, e o Brasil sabe como fazer”.
“O Brasil é referência de exportação de energia limpa, em breve vamos começar a exportar, e isso tudo é fruto de tecnologia brasileira e feita por brasileiros. A ciência precisa investir nos jovens e precisamos de mais mulheres na ciência e tecnologia, elas têm um olhar diferenciado”, declarou.
Sobre transformação digital, Alvim afirmou que ela chegando no país com uma grande revolução em setembro. “O 5G vem para promover uma grande mudança que ainda não sabemos como vai ser, e esses setores de tecnologia, comunicação e informação estão com um grande déficit e precisam hoje de 400 mil pessoas qualificadas para atender as demandas do setor, e os profissionais brasileiros são requeridos no mundo inteiro pela capacidade técnica”.
O ministro também falou sobre as oportunidades do país no setor de minerais, da importância do CNPq, agência do ministério e também segurança cibernética. “O Brasil sempre foi conhecido como uma grande reserva mineral, é o grande desafio hoje do país é deixar de exportar tonelada e vender em gramas, ou seja, valorizar os materiais preciosos: nióbio, grafeno, lítio, terras raras, essa é um pouco da realidade do país hoje”.
“A sete décadas, o Almirante Álvaro Alberto, criou o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para valorizar a ciência e atender as demandas atuais de nossa sociedade. Temos uma base de conhecimento capacitada que já formou 25 mil doutores e 50 mil mestres, para contribuir para a ciência. Somos o 13º país do mundo em produção de conhecimento científico, e o 5º país do mundo em usar o que se produz, mas apenas o 57º em inovação, produzimos muito conhecimento e transferimos pouco para o uso, e esse é o grande desafio. Temos seis áreas importantes: tecnologia de informação e comunicação, saúde, segurança alimentar, segurança energética, segurança hídrica e defesa. Outro fator importante e que 12% de água doce do mundo, está no Brasil”.
“A segurança cibernética, é uma preocupação do mundo, e nós temos que estimular os hackers do bem a atuarem em nosso favor. O país precisa sair da máxima que somos o país do futuro, e mais do nunca a gente precisa de muita educação ciência e tecnologia, muito foco, mas nós temos áreas que são estratégias, e temos áreas que somos Players internacionais, precisamos nos posicionar no hemisfério sul, e ter o foco disso. Temos laboratórios únicos de pesquisa no mundo, nós temos ecossistemas de inovação que articulam”.