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Ministro do MCTI conhece projeto do Distrito de Inovação de Criciúma
Foto: Neila Rocha (SEAPC/MCTI)
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, conheceu, em audiência nesta terça-feira (3), o projeto de criação do Distrito de Inovação de Criciúma, em Santa Catarina. O projeto está inscrito no edital Parques Tecnológicos do MCTI/FINEP e será voltado para o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono e alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
“Viemos apresentar a Cidade do Conhecimento, que é a criação do Distrito de Inovação de Criciúma, e pedir o apoio do MCTI para poder avançar na implantação do projeto”, ressaltou o presidente da Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM), Fernando Luiz Zancan.
Na audiência, o ministro Paulo Alvim reforçou que o MCTI conta com editais e chamadas para apoiar projetos de inovação e o desenvolvimento de tecnologias no setor de energias renováveis. Como exemplo, citou o edital Parques Tecnológicos, que vai destinar R$ 180 milhões de recursos não reembolsáveis do Fundo Verde Amarelo a projetos de parques em implantação ou em operação. “A gente precisa de tecnologia e inovação para construir soluções e buscar o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
O projeto do Distrito de Inovação de Criciúma é uma iniciativa resultante do Programa de Transição Energética Justa (TEJ) para a região carbonífera do Estado de Santa Catarina, estabelecido pela Lei 14.299/22. A transição energética busca mudar o modelo de produção e consumo de energia de altas emissões de gases de efeito estufa para um de baixa emissão.
Segundo o presidente da ABCM, o distrito vai trabalhar com o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono, que envolvem projetos de captura de CO2. “Hoje, somente em Santa Catarina, a economia relacionada ao carvão mineral é de US$ 1 bilhão por ano e envolve 21 mil empregos. Descarbonizar não é acabar com o fóssil, mas ter tecnologias para reduzir a emissão de CO2”, explica Fernando Zancan.
Parques tecnológicos
A criação do Distrito de Inovação de Criciúma é uma ampliação do Parque Tecnológico da SATC (Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina), que já conta com o Centro de Tecnologia da SACT. O projeto deverá ocupar uma área de 70 a 80 hectares, desenvolvendo uma cidade sustentável, voltada à inovação, tecnologia e novos negócios.
As apresentações orais dos projetos inscritos na chamada Pública MCTI/FINEP de apoio a Parque Tecnológicos tiveram início na segunda-feira, 2 de maio. A previsão é de que o resultado final seja publicado no dia 14 de junho.