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MCTI representa o Brasil em centro internacional sobre engenharia genética e biotecnologia
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Coordenação-Geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias (CGSB), representou o Brasil na 28ª Sessão do Conselho de Governança (Board of Governors) do Centro Internacional de Engenharia Genética e Biotecnologia (ICGEB), que se encerrou nesta quarta-feira (18). O MCTI exerce a função de ponto focal do ICGEB no Brasil. A pauta de debates envolveu atividades de transferência de tecnologia, cooperação com organismos multilaterais, bolsas de pesquisa e oportunidades de fomento à projetos de pesquisa colaborativa.
A reunião virtual conduzida a partir de Trieste, na Itália, também elegeu os novos membros do conselho científico da área de ciências da vida, responsável por assessorar a organização nas prioridades e diretrizes científicas. Jorge Kalil, membro da RedeVírus MCTI, pesquisador brasileiro e diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração da Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, foi reconduzido como um dos 15 membros do conselho científico.
Desde 2002, o Brasil é membro dessa organização intergovernamental, autônoma a partir de 1994, estabelecida como um projeto especial da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). O Centro atua nas áreas de doenças infecciosas e que não comunicáveis (decorrentes de genética, por exemplo), biotecnologia médica e industrial, entre outros aspectos.
O Centro desempenha um papel fundamental na área de biotecnologia pela excelência em pesquisa, treinamento e transferência de tecnologia para a indústria contribuindo para promoção do desenvolvimento global sustentável. Atualmente, conta com 70 Estados Membros e dispõe de 45 laboratórios considerados no ‘estado da arte’. A organização possui três centros localizados em Trieste, (Itália), em Nova Deli (Índia) e na Cidade do Cabo (África do Sul).
O ICGEF contribui para o fortalecimento da base científica dos países membros, promovendo a interação direta entre cientistas internacionalmente reconhecidos por meio dos programas de pesquisa e capacitação de recursos humanos nas diversas áreas da biotecnologia. A entidade oferece financiamento para projetos de pesquisa com objetivo de promover a formação de jovens cientistas e o desenvolvimento de instalações de pesquisas. O Comitê Científico do Brasil abre anualmente, chamadas para propostas de projetos de pesquisa colaborativa e bolsas.
“O ICGEB é uma organização importante na área de biotecnologia e de pesquisa à medida que propicia o intercâmbio e a formação especializada de recursos humanos”, explica Thiago Moraes, coordenador-geral de Ciências da Saúde, Biotecnológicas e Agrárias do MCTI e Liaison Officer do ICGEB no Brasil.
Moraes destaca que o Centro tem relevante contribuição em transferência de tecnologia. Isso ocorre porque todos os projetos financiados pelo ICGEB têm a propriedade intelectual acessível a todos os Estados Membros. O objetivo do Centro é promover a cooperação internacional no desenvolvimento e aplicação dos usos da engenharia genética e biotecnologia para países em desenvolvimento, além de estarem direcionados para a solução de problemas desses países.
No endereço eletrônico do ICBEG há uma lista com 86 patentes que estão disponíveis para transferência e aplicação imediata, seja por institutos de ciência e tecnologia ou empresas dos países membros.