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MCTI realiza primeiro curso sobre aspectos médicos de assistência e proteção contra armas químicas no Rio Janeiro
Foto: Wesley Sousa (SEAPC/MCTI)
Acontece de 23 a 27 de maio no Hospital de Força Aérea do Galeão, Rio de Janeiro, o Curso de Aspectos Médicos de Assistência e Proteção para Países da América Latina e do Caribe, realizado em cooperação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o Ministério da Defesa e o Ministério das Relações Exteriores.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações foi representado no evento pelo coordenador-geral de Bens Sensíveis, Sérgio Antônio Frazão Araújo, que destacou o papel de cooperação entre as organizações. “Cabe ressaltar a importância da cooperação entre o Brasil e a OPAQ na capacitação de pessoal dos organismos envolvidos em resposta a emergências químicas de dezenas de países do Grupo de Países da América Latina e do Caribe, bem como da África”, afirmou.
O MCTI preside a Comissão Interministerial para Aplicação dos Dispositivos da Convenção sobre Proibição de Armas Químicas (CIAD-CPAQ) e é a Autoridade Nacional do Brasil perante a Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ). Já a Coordenação-Geral de Bens Sensíveis (CGBS) da pasta é a Secretaria-Executiva da CIAD-CPAQ.
“A Autoridade Nacional brasileira mantém-se completamente comprometida com os objetivos da Convenção e externa o desejo de continuar cooperando com a OPAQ, para o desarmamento e a não proliferação das armas químicas, bem como para a assistência e proteção nas emergências envolvendo armas químicas ou substâncias químicas perigosas”, destacou Frazão.
Ainda segundo o coordenador, outros dois cursos em cooperação com a OPAQ serão ministrados no Brasil ainda no ano de 2022, um sendo voltado para o Exercício de Assistência e Proteção para Países de Língua Portuguesa e outro para o tema de Assistência e Proteção para Mulheres das Forças Armadas dos Países Integrantes da Junta Interamericana de Defesa.
A representante do ministério das Relações Exteriores, embaixadora Daniella Xavier, explicou sobre o equilíbrio entre ciência e política e o estreitamento das relações entre os países para se protegerem de ameaças químicas. “Iniciativas desse tipo fortalecem as credenciais do Brasil e dos países da América Latina e Caribe, como estados que contribuem para o desenvolvimento das nações amigas para se protegerem de ameaças químicas”.
Em sua fala, o representante da OPAQ, Miguel Albaladejo Pomares, contou sobre a relação de aprendizado e a oportunidade que os participantes do curso irão adquirir para desempenhar o conhecimento e enfrentar na prática os desafios no atendimento a vítimas de agentes químicos. “Esse curso reúne pessoas para um fórum de intercâmbio de experiências e fortalecimento para a criação de capacidades para responder a eventos que envolvam agentes químicos, assim como também oferece uma oportunidade para debater os desafios práticos na construção de um sistema efetivo de respostas a emergências contra agentes químicos”, disse.
A diretora do Hospital de Força Aérea do Galeão, Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, demonstrou alegria em ter o curso sendo realizado nas instalações do hospital. “O evento é de fundamental importância para formar uma rede de integração entre vários países vizinhos acerca de um tema tão relevante, como a defesa contra armas químicas, voltada principalmente para essa parte de assistência médica, no sentido de padronização de procedimentos, equipamentos, uso de medicamentos, e intercâmbio de informações”, disse.
Sobre o curso
Realizado em conjunto com o Governo do Brasil, o curso tem como objetivo preparar o estado para uma melhor resposta a emergências químicas em nível regional, de acordo com as recomendações da Terceira Conferência de Revisão sobre a implementação do Artigo X da Convenção sobre Armas Químicas.
A assistência médica em casos de incidentes com agentes de guerra química é abordada no curso, além dos efeitos fisiológicos e quadro clínico de agentes de guerra química, sinais e sintomas de exposição e manejo médico de vítimas expostas a vários agentes de guerra química, bem como medidas atenuantes. Os participantes do curso aprendem como trabalhar com equipamentos de proteção individual e como analisar uma situação para desenvolver e coordenar um plano de resposta eficaz para o tratamento médico de vítimas químicas em campo ou em uma instalação médica de emergência.